Servidores tomam às ruas de SP contra confisco salarial e da previdência

Entre o Natal e o Ano Novo, gestão tucana tenta aprovar o projeto de lei 621 que confisca o salário e aposentadoria dos servidores públicos municipais

Elineudo Meira/PT-SP

Milhares de servidores públicos municipais realizaram grande manifestação nas ruas do centro da capital paulista nesta quarta-feira (5). O objetivo principal do ato é evitar que a gestão tucana Dória/Bruno Covas aprove no período entre o Natal e o Ano Novo, o projeto de lei 621 que confisca o salário e aposentadoria dos servidores públicos municipais.

As duas principais mudanças apresentadas no projeto é o aumento da alíquota salarial dos servidores públicos de 11% para 14% podendo chegar até 19%. Outra mudança é alteração no Fundo previdenciário, que passaria a segmentar as arrecadações, capitalizando a contribuição dos futuros servidores e colocando em risco de quebra o fundo dos atuais.

A vereadora Juliana Cardoso ressalta a verdadeira intenção da Prefeitura em votar o projeto entre as festas de final de ano. “A Câmara Municipal e a Prefeitura de São Paulo nunca colocaram em pauta projetos em defesa dos direitos dos trabalhadores entre o Natal e o Ano Novo, mas querem colocar agora um projeto que retira o direito dos trabalhadores. Eu não vejo problema nenhum em trabalhar neste período, desde que seja para votar projetos em defesa da população e não para retirada de direitos”, afirma ela.

O presidente do Diretório Municipal de São Paulo, Paulo Fiorilo, destacou durante a manifestação que o partido está mobilizado em todas as regiões da cidade para dialogar com a população e apoiar a reivindicação dos sindicatos e servidores públicos municipais contra a aprovação do PL 621.

Sobre as grandes mobilizações dos servidores públicos municipais durante o ano, que tem evitado a votação deste projeto na Câmara de vereadores, Sérgio Antiqueira presidente do Sindicato dos servidores públicos municipais (Sindsep) aponta: “Esse enfrentamento, que estamos fazendo agora em São Paulo, segue como exemplo para o mesmo enfrentamento que será feito mais adiante contra a reforma da previdência nacional, pois segue o mesmo modelo de retirar direitos e vendê-los como mercadoria para os bancos”, afirma ele.

A manifestação teve início em frente à Câmara Municipal, que fica no Viaduto Jacareí e seguiu até o prédio da prefeitura de São Paulo, no Viaduto do Chá, região central. Os sindicatos aprovaram durante o ato a próxima grande manifestação para o dia 21 de dezembro também em frente à Câmara dos vereadores. Porém, eles afirmam que diversas ações específicas e em rede estão sendo realizadas. Uma delas é a campanha “Quem vota, não volta”, em referência aos vereadores que votarem esse projeto antipopular não conseguirão serem reeleitos.

Por Diane Costa, do PT-SP

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