Sindicatos realizam carreatas contra privatizações, no domingo

Estatais como Eletrobras e Correios já está há tempos na mira do governo, enquanto que a Petrobras já vem sendo fatiada, conforme denuncia o Sindipetro/BA

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Entidades sindicais promovem carreatas contra privatizações

Organizações sindicais vão realizar no próximo domingo (16), em todo o Brasil,  grandes carreatas para marcar a luta contra a privatização de empresas estatais como Eletrobras, Correios e Petrobras pelo governo Bolsonaro.

De acordo com as entidades sindicais, a escolha da carreata como instrumento de protesto foi definida devido à pandemia de Covid-19, para evitar qualquer risco de contaminação aos manifestantes e em obediência aos protocolos de saúde.

“Temos que continuar agindo com responsabilidade. Gostaríamos de ocupar as ruas da cidade em uma grande passeata, mas o momento ainda não permite esse tipo de atividade, por isso optamos pela carreata. Queremos vacinas, o bem-estar social do povo brasileiro e a preservação da nossa soberania nacional, fortalecendo as empresas públicas que prestam serviços essenciais à população”, afirma o coordenador do Sindipetro Bahia, Jairo Batista.

Além da perda de soberania e colocar em risco setores estratégicos para o país, a privatização das estatais traz inúmeros prejuízos a população brasileira, que sofrerá as consequências na diminuição da qualidade dos serviços prestados e, paralelamente, o aumento de tarifas e de preços em produtos essenciais ao seu dia a dia.

Eletrobras

Essa é a terceira tentativa do governo federal de privatizar a Eletrobras. Dessa vez, impondo a privatização através da Medida Provisória (MP) 1031/21, que de acordo com os partidos de oposição, PT, PDT, PCdoB e PSOL é ilegal, pois para isso deveria haver autorização do Congresso Nacional. Os partidos apresentaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) duas ações de inconstitucionalidade.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) elencou nove motivos para que a população seja contra a privatização da Eletrobras. Um deles é o aumento do preço da conta de luz, que, após a privatização, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pode ser elevada em até 16,7% em um primeiro momento.

Outros motivos são: preços operacionais da indústria (que devem aumentar em torno de R$ 460 bilhões durante 30 anos) que serão repassados ao consumidor; apagões e serviços ruins; demissão de trabalhadores; riscos ao meio ambiente; grande prejuízo, uma vez que a Eletrobras é lucrativa. A empresa teve superávit de mais de R$ 30 bilhões em três anos. Além disso a Eletrobras tem recursos em caixa para investir e a sua venda significa a perda da soberania nacional no campo da energia.

Correios

Com a privatização dos Correios, muitos municípios vão ficar sem os serviços prestados por essa grande e importante empresa. Qual empresa privada terá interesse em manter abertas agências em locais distantes, onde não terá grandes lucros? Os Correios, empresa premiada e reconhecida mundialmente, presta serviços em mais de 5.500 municípios do Brasil.

É importante ressaltar que os Correios não são responsáveis apenas pela entrega de cartas, a empresa presta os mais variados serviços como a logística e a entrega das provas do Enem em todas as regiões do país e entrega de livros e materiais didáticos nas escolas públicas. Além disso, o serviço postal universal é uma garantia constitucional e os Correios são uma empresa lucrativa, alcançando em 2020 o lucro bilionário estimado em R$ 1,5 bi.

Petrobrás

Criada em 1953 no governo de Getúlio Vargas, a Petrobrás tem uma história de luta e resistência, protagonizada, em grande parte, por seus trabalhadores.

A estatal sofre ataques incessantes desde a sua criação, mas nada se compara com o que acontece agora no governo Bolsonaro. O Sistema Petrobrás está sendo desmontado e suas unidades estão sendo vendidas a preços abaixo do mercado como ocorre agora com a Refinaria Landulpho, cujo valor é da ordem de US$ 3 bilhões a US$ 4 bilhões, mas está sendo vendida por US $1,65 bilhão ao Fundo Àrabe Mubadala.

Estudiosos alertam que a venda da refinaria baiana formará um monopólio regional privado e trará inúmeros prejuízos para a Bahia como o desemprego, queda na receita dos municípios do estado, alta dos preços da gasolina, diesel e gás de cozinha e grande possibilidade de desabastecimento dos produtos derivados de petróleo

Na Bahia, a atual gestão da Petrobrás já vendeu vários campos terrestres de petróleo e gás; três termelétricas (Arembepe, Bahia 1 e Muricy), localizadas no município de Camaçari; houve também o arrendamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (FAFEN). Estão em processo de venda: a bacia de gás, em Camamu, a Petrobrás Biocombustível. Além da Rlam, a gestão da Petrobrás colocou à venda mais oito refinarias.

Da Redação, com informações do Sindipetro/BA

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