Sobre o caso Queiroz
Breve histórico das iniciativas da Bancada do PT na Câmara
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Em dezembro de 2018, o então líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), denunciou e pediu investigação sobre os vazamentos no âmbito da operação Furna da Onça, da Polícia Federal envolvendo agentes da própria corporação e da família Bolsonaro. Os encaminhamentos foram dirigidos ao então diretor-geral Rogério Galloro.
Na mesma época, Pimenta pediu ao corregedor do Ministério Público Federal, Orlando Rochadel Moreira, para que fosse investigada eventual autoria e, consequentemente, responsabilidades, de membros do MPF no Estado do Rio, responsáveis pelas investigações que resultaram na operação Furna da Onça, tendo em vista o já comprovado vazamento de informações privilegiadas acerca da realização dessa ação policial, em benefício de investigados, inclusive da família Bolsonaro.
Em 11 de dezembro de 2018, o líder comunicou à Procuradoria Geral da República, na época chefiada por Raquel Dodge, os indícios de vazamentos denunciados pela imprensa, no âmbito da operação Furna da Onça, ao tempo em que solicitava providências para a abertura de investigação criminal e/ou de improbidade administrativa.
Em 14 de fevereiro, Dodge respondeu: “A mera alegação de prática de crime, de forma genérica, desprovida de embasamento probatório mínimo quanto à autoria e materialidade, não constitui justa causa para a abertura de investigação criminal, não sendo suficiente, para tanto, menção a notícias veiculadas na internet sem qualquer respaldo em documentos ou testemunhas”. E determinou o arquivamento do caso.
Em 20 de fevereiro de 2019, Pimenta encaminhou recurso à PGR, junto com os Deputados Arlindo Chignalia Junior, Carlos Zarattini, Dionilso Mateus Marcon, Helder Ignacio Salomão, Henrique Fontana, João Daniel, Jorge Solla, Paulo Teixeira, Margarida Salomão, Paulo Fernando dos Santos (Paulão), Waldenor Alves Pereira Filho, Ságuas Moraes Sousa e Wadih Damous, cobrando a apuração de responsabilidade de procuradores da República e policiais federais que teriam vazado informações. E insistiu, ainda, para adoção de providências legais para a abertura de investigação. O recurso foi arquivado.