Ministra quer superação do racismo e igualdade de oportunidades

Nilma Gomes defende implementação de ações afirmativas para corrigir desigualdades históricas

A nova ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Nilma Lino Gomes, prometeu avançar no trabalho realizado nos 11 anos de existência da pasta. Ela pretende focar em quatro eixos: ações afirmativas; quilombolas e povos de comunidades tradicionais; proteção da juventude negra; e internacionalização.

Em entrevista ao Blog do Planalto, publicada nesta terça-feira (13), Nilma destacou a importância de se colocar a população negra em um lugar de visibilidade social. Para isso, defende políticas de ações afirmativas para ajudar a sociedade a fazer uma série de correções de desigualdades históricas.

“A médio e longo prazo, o potencial que essas políticas têm é de fazer uma mudança no próprio perfil da sociedade”, avalia Nilma. Segundo ela, essa é a chave para se alcançar uma sociedade realmente democrática, equânime, igualitária e com justiça social.

Antes de ser convidada para assumir a Secretaria, Nilma esteve envolvida em uma polêmica. Foi dela o parecer que considerava racista a obra “Caçadas de Pedrinho”, do escritor Monteiro Lobato. Ela aproveitou a ocasião para esclarecer o caso.

De acordo com a ministra, o parecer surgiu de uma denúncia à Ouvidoria da Seppir, que A encaminhou a diferentes órgãos, como o Conselho do Distrito Federal, o Ministério da Educação e também para o Conselho Nacional de Educação.

“O Conselho então se posicionou, através de um parecer, e eu fui a relatora. O parecer dá orientações, faz contextualizações para o sistema de ensino e para as escolas em relação não só a essa obra, mas a obras literárias cujos estudos críticos hoje mostram a presença de estereótipos raciais”, afirmou.

Nilma também tem como objetivo frente à pasta a internacionalização, por meio de expansão do diálogo com a América Latina e a África, em especial, os países africanos de língua portuguesa.

“Além disso, o diálogo com os outros ministérios, porque a política de promoção da igualdade racial não é algo exclusivo da Seppir, é de todos nós. A superação do racismo, a construção de oportunidades iguais, essa é uma política e uma ação cidadã que envolve toda a sociedade brasileira”, concluiu.

Da redação da Agência PT de Notícias com informações do Blog do Planalto

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