A miséria como projeto: Milei e o primeiro ano do desastre argentino
Recessão, desemprego, inflação, fome e aumento do custo de vida marcam a gestão do neoliberal; mídia brasileira aplaude
Recessão, desemprego, inflação, fome e aumento do custo de vida marcam a gestão do neoliberal; mídia brasileira aplaude
Em artigo, o senador do PT diz que o quadro do desemprego tende a explodir no próximo ano, com o fim do auxílio emergencial. “A população fora da força de trabalho aumentou em 13,7 milhões comparando setembro de 2020 com o mesmo mês em 2019”, aponta. “A redução de benefícios sociais levará mais pessoas ao mercado de trabalho, que será incapaz de absorvê-las, ampliando ainda mais o desemprego”
Em carta aberta à Nação, a Frente Brasil Popular e mais 63 entidades da sociedade civil denunciam: “O apagão é o resultado da privatização e da forma como foi organizado o modelo energético de mercado, controlado por empresas transnacionais, bancos e fundos de investimentos internacionais que busca o lucro acima de tudo”
Ex-presidente do PT e ex-deputado federal constituinte, José Genoino faz um balanço das eleições, defende a frente de esquerdas para 2022 e diz que o PT precisa resgatar a sua rebeldia. E avisa: “O capitalismo hoje não dá margem de manobra. Quem se iludir com isso, quebra a cara. E qual foi o erro nosso? Não fazer o enfrentamento político quando a gente governou”
Ao mesmo tempo, a maior empresa do Brasil avisa que vai vender ativos para levantar até US$ 35 bilhões até 2025. Em propaganda, a companhia alardeou a própria privatização. O senador Jean Paul Prates considera grave o plano de desinvestimento que vem sendo tocado pelo governo Bolsonaro: “A Petrobrás é do povo brasileiro e seu principal objetivo é nacional. Não é internacional, não é privado, não é de pequeno acionista, nem de grande acionista, nem de mercado. É do Brasil”
Diferença entre a taxa de desemprego dos jovens de 18 a 24 anos e da média dos brasileiros ativos atingiu 16,4 pontos percentuais no segundo trimestre. Situação é crítica e vem piorando nos últimos anos. Nível de desocupação despenca e agrava a crise social para 2021. E Guedes? Finge que não tem qualquer ligação com o problema e se omite
Sem medidas de incentivo à economia, país continuará mergulhado na crise, diante da falta de rumo do governo da extrema-direita. Expectativa de explosão de crise social aumenta em razão das incertezas na economia em 2021: fim do auxílio emergencial, política econômica recessiva e piora do mercado de trabalho. Desigualdade grita a realidade: 15 milhões de desempregados e 40 milhões na informalidade. País precisa acordar: MDB, DEM, PSDB, PSD e PP defendem a agenda neoliberal
No Brasil, Bolsonaro e os aliados – como DEM e PSDB, além do Centrão – fazem o jogo do mercado e querem poupar os ricos na reforma tributária. Mercadante diz que a Argentina acerta ao mirar o andar de cima para enfrentar a crise fiscal. “O único setor que pode contribuir para o enfrentamento da crise é quem nunca contribuiu”, aponta presidente da Fundação Perseu Abramo. Líderes petistas lembram que medida está no projeto de reforma tributária apresentada pelas oposições ao Congresso e é peça importante do Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil
Ex-ministro diz que desvio de recursos pelo governo para atender obras eleitorais é ruim para o país. “Bolsonaro escolhei a educação como vítima preferencial de sua política de desmonte e arrocho fiscal”, denuncia o presidente da Fundação Perseu Abramo. MEC perdeu R$ 1,4 bilhão do orçamento para os ministérios da Infraestrutura e do Desenvolvimento Regional. “MEC é um navio à deriva, sem rumo, sem planejamento”, lamenta
Presidente mantém uma política de destruição do mundo do trabalho, na contramão de outras nações do planeta. O descalabro do seu governo acumula perdas de postos de emprego acima da média de outras nações que sofreram com o Covid-19. Paulo Guedes conseguiu a proeza de produzir em dois anos mais de 15 milhões de desempregados, mostrando compromisso apenas com os ricos. Enquanto isso, a desigualdade avança e o Brasil ganha posições entre as nações mais desiguais do mundo, perdendo apenas para Botswana
Governo Bolsonaro mantém ataques ao patrimônio público e promete vender até o final de 2021 pelo menos quatro empresas estatais: Correios, Eletrobrás, Porto de Santos e PPSA. Enquanto isso, os militares, que reclamam – constrangidos – do papel do presidente, continuam calados sobre os crimes lesa-pátria praticados pelo Planalto. Eletrobrás é estratégica para o país e não pode estar a serviço de empresas estrangeiras, como o apagão do Amapá demonstra
Em nota, a ex-presidenta da República acusa a Globo de distorcer reportagem do ‘Fantástico’ para esconder a política social e a atuação dos governos do PT. “Atribuir, como nas primeiras frases da reportagem, a atual crise por que passa o Brasil a fatos ocorridos em 2015 e 2016 é uma manipulação da história”, critica. “O ‘Fantástico’ omite que fui impedida de governar em 2015”
Desde 2011, o país era a sétima maior economia do planeta, atrás apenas de EUA, China, Japão, Alemanha, Reino Unido e França. A partir do Golpe de 2016, quando Dilma foi afastada da Presidência, o país passou a caminhar para trás, com aumento da desigualdade e a destruição do Estado brasileiro