Os ataques políticos à economia de Lula, por Ricardo Amaral
É a reconstrução de um país, mas chamam de gastança e arrocho fiscal

É a reconstrução de um país, mas chamam de gastança e arrocho fiscal
“Invertem a equação da economia real, que pede mais crédito e investimentos para crescer, e ameaçam com mais juros e especulação com o câmbio, como se isso fosse trazer o tal equilíbrio fiscal e reduzir a inflação”
Grande imprensa e mercado financeiro formam novamente coro em defesa da austeridade fiscal, beneficiando seus interesses em detrimento dos mais necessitados. “Já vimos esse filme e o final não é bom pro país”, alerta Gleisi
Sem definição do valor do auxílio emergencial, Câmara aprovou, em 2º turno, a PEC 186/19, que promove arrocho salarial e sucateamento do Estado
Apenas favorecendo os bancos, com voto contra do PT, a PEC 186 foi aprovada em 1º turno, por 341 votos a 121, sem definir valor do auxilio emergencial
Ministério da Saúde reduz em 71% os recursos para o Programa Nacional de Apoio à Saúde da Pessoa com Deficiência. Portaria interministerial destina ao programa R$ 34 milhões. Em 2019, foram aplicados R$ 117,4 milhões. Entidades ligadas à área temem apagão de projetos de atenção ao público
Ricos ficam mais ricos em quase metade das regiões metropolitanas do Brasil durante pandemia, de acordo com pesquisa da PUC do Rio Grande do Sul. Levantamento traz ganhos com trabalho, exclui auxílio emergencial e identifica casos em que ricos elevaram seus rendimentos. Mais pobres perderam 30,2% de renda, em média, nas capitais. A vida do povo está ruim e vai piorar com fim do auxílio emergencial, a partir de 2021
Ex-ministro da Fazenda no governo Dilma alerta que arrocho fiscal do governo Bolsonaro lançará milhões de brasileiros ao desemprego e à miséria. “Uma crise como essa não vai passar rápido e exige uma saída gradual com uma política de reconstrução econômica e social”, advertiu, no seminário Reconstruir e Transformar o Brasil, realizado pelo PT e pela Fundação Perseu Abramo
Seguindo a cartilha do sistema financeiro, que prega a manutenção do arrocho fiscal, presidente da Câmara janta um bode com o ministro da Economia, enquanto atende aos desejos do mercado e sinaliza com reformas para retirar direitos e assegura a manutenção do teto de gastos. Enquanto isso, 38 milhões de brasileiros devem seguir sem renda porque Bolsonaro não sabe como tirar o país da crise
Em nota, a ex-presidenta da República rebate ‘Valor Econômico’, que citou na edição de segunda-feira o temor do ‘risco Dilma’ soprado por fontes do setor financeiro para criticar gastos sociais e defender a manutenção de Paulo Guedes. “Defendem com unhas e dentes a manutenção do ministro da Economia enquanto ele deixá-los livres da tributação de suas fortunas, garantir que seus dividendos continuem intocados e, enfim, que seus ganhos de capital sejam assegurados”, aponta
Em artigo, o ex-ministro da Fazenda do governo Dilma diz que há saídas para o impasse no Congresso em torno do teto dos gastos públicos, como a proposta de emenda constitucional apresentada pelo PT. “A PEC 36/2020, do Senado, que cria espaço fiscal temporário em 2021-22 e propõe nova regra fiscal para 2023 em diante”, aponta
Paralisia da máquina pública e política dura de ajuste fiscal – perseguidos por Temer e Bolsonaro – só têm trazido sofrimento à maioria da sociedade. “Na atual conjuntura, a retomada das regras de gastos em 2021 é o principal obstáculo à recuperação da economia brasileira”, explica o líder do PT no Senado, Rogério Carvalho. Ele apresentou uma Proposta de Emenda Constitucional assinada por mais de 30 senadores.
Em artigo publicado na Folha de S.Paulo, o economista Paulo Nogueira Batista Jr rebate a defesa da Lei do Teto dos Gastos pelo presidente da Câmara. “É temerário apostar que a contração fiscal provocaria um surto de confiança, levando a aumento compensatório da demanda privada de consumo e de investimento. A aposta não encontra muito apoio nem na teoria nem na experiência brasileira e internacional”, argumenta