Governo Bolsonaro renega o Brasil nas relações internacionais
Os prejuízos do alinhamento incondicional do Brasil aos Estados Unidos, com aval dos militares governistas, tendem a avançar definitivamente para o terreno dos negócios do país
Os prejuízos do alinhamento incondicional do Brasil aos Estados Unidos, com aval dos militares governistas, tendem a avançar definitivamente para o terreno dos negócios do país
A Oregon Public Broadcasting (OPB – TV e rádio estatais de Oregon) denunciou que “policiais federais têm usado veículos não identificados para dirigir pelo centro de Portland e deter manifestantes desde pelo menos 14 de julho”. Irmão siamês de Trump em ações políticas sincronizadas, e igualmente ameaçado pela postura genocida diante da pandemia, Bolsonaro também reativou no úlitmo final de semana as ameaças ao processo democrático brasileiro
“Salles fica, Pazuello fica, sem problema nenhum. São dois excepcionais ministros”, disse Bolsonaro, confrontando a percepção negativa da sociedade e, até mesmo, a opinião de setores do próprio governo. O general se tornou ministro interino em substituição a Nelson Teich com a “missão” de liberar o uso e a produção da cloroquina no país
País registrou 1.341 óbitos em 24 horas e mais de 43,2 mil novos casos de coronavírus, somando um total de 1,9 milhão de infectados e quase 75 mil mortos, de acordo com o consórcio de veículos de imprensa. Média móvel de 1.056 mortes diárias indica que esta foi a semana mais letal desde o início da pandemia. Brasil e EUA somam 5,5 milhões de contágios e juntos mantém 40% dos casos registrados no planeta
Até o ex-conselheiro da Casa Branca, John Bolton, aconselhou Bolsonaro a abrir “linhas de comunicação” com o Partido Democrata nos EUA, se levar em consideração o interesse do Brasil na relação com os americanos
“Com discurso agressivo e genocida, Bolsonaro estimula e valida o comportamento violento e pouco eficaz no combate ao crime”, denuncia o deputado Carlos Zarattini (PT-SP). “A ação truculenta é cotidiano nas periferias brasileiras. Todo dia temos um George Floyd. Até quando?”, questiona a deputada Erika Kokay (PT-DF)
Maior autoridade militar dos EUA, o chefe do Estado Maior, general Mark Milley, pediu desculpas por envolver as Forças Armadas “na politica interna” do país. Em entrevista à revista Veja, o general Luiz Eduardo Ramos reforça as ameças à oposição dizendo que “o outro lado tem de entender também o seguinte: não estica a corda”. “O que é esticar a corda general?”, questionou a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann (PR). “Investigar os crimes praticados pelo presidente que tutelam?”, perguntou
As declarações do ministro da Educação têm causado desconforto em setores empresariais, especialmente os produtores ligados ao agronegócio brasileiro. Em 2019, o agronegócio brasileiro exportou U$ 31 bilhões para a China, contra U$ 16,8 bilhões para a União Européia e apenas U$ 7,2 para os EUA.
Povo nas cidades do país provocou destemperada reação do governo que, sem resposta para a pandemia e o desemprego, tenta classificar os manifestantes de “delinquentes”, seguindo o mau exemplo do presidente norte-americano, Donald Trump
Enquanto OMS aponta o Brasil como próximo epicentro da doença, desaprovação ao fracasso do presidente em impedir a pandemia no país se generaliza na imprensa estrangeira. Para articulista inglês, o país já está pagando caro pelas “palhaçadas” de seu líder, cada vez mais ameaçado
Presidente norte-americano atropela o aliado brasileiro, preocupado com perda de popularidade devido ao descontrole da pandemia no país. Aos poucos, nosso país consolida a imagem de pária mundial da Covid-19
Bolsonaro tem boa parte de culpa na decisão que poderá impedir os brasileiros de ingressarem no território norte-americano. Parceiro de Trump, é responsável pelo pior cenário da pandemia na América do Sul, com o país caminhando para se tornar o principal foco mundial.
Sem resultado medicinal comprovado na cura da Covid-19, Bolsonaro “vende” o uso da cloroquina como uma solução mágica para tentar esconder a inércia do governo no combate à pandemia. Sem comprovação de eficácia, a cloroquina teve sua produção ampliada pelos laboratórios do Exército, que avalizou a decisão de Bolsonaro.