Temer pede votação da reforma política ainda em 2015
Parlamentares terão mais 11 reuniões para finalizar o texto que será apreciado na Câmara dos Deputados
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O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), avaliou, nesta terça-feira (28), que se o Legislativo não avançar na discussão sobre a reforma política, será uma decepção “popular e política”.
Temer participou, como presidente do PMDB, da Comissão Especial que analisa uma proposta de reforma política na Câmara dos Deputados. Ele pediu que os partidos entrem em consenso e escolham, no máximo, quatro ou cinco temas para analisar e aprovar o texto ainda este ano.
“Acima de qualquer opinião sobre o distritão e o voto majoritário, este é um interesse do País. Um texto mais enxuto sendo aprovado logo poderá ser complementado com o passar do tempo”, disse.
Segundo o presidente do PMDB, o voto majoritário vai melhorar a governabilidade com a diminuição dos partidos políticos. Ele afirmou também que este tipo de voto eliminaria automaticamente as coligações.
“Ao longo do tempo, nossos partidos perderam sua identidade programática. Temos 32 partidos e no sistema proporcional o eleitor está escolhendo pessoas e não partidos. Esta é uma questão de Estado, a redução do número de legendas ajuda a governabilidade”, explicou.
Financiamento privado – Temer defende que as empresas possam doar para apenas um partido político, assim como a pessoa física. “Sobre o financiamento de campanha, para mim a empresa que quiser colaborar tem que fazer uma escolha. Isso teria um efeito moralizador nas contribuições empresariais às campanhas”, disse.
Ele afirmou ainda que seria difícil justificar a destinação de tantos recursos públicos para campanhas eleitorais, principalmente para a imprensa.
Sobre a possibilidade de ser instituído o voto facultativo, ele destacou que é a favor, mas na conjuntura atual do momento político, com a “descrença do povo na classe política”, o voto deve continuar sendo obrigatório.
A comissão especial concluiu a 29ª reunião e deve produzir um texto para ser apreciado na Câmara quando completar 40 reuniões.
Da Redação da Agência PT de Notícias