Tenho orgulho de gerir um partido que mudou a vida do Brasil, diz Rui Falcão

O presidente Nacional do PT ressalta que foi durante os quatro governos do PT que o País tirou 40 milhões da pobreza e ganhou projeção relevante internacionalmente

Rui Falcão fala durante reunião do Diretório Nacional do PT. (Foto: Lula Marques/Agência PT)

O presidente Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Rui Falcão, disse em entrevista ao programa Discussão Nacional, da “TV ALESP”, da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, que tem muito orgulho de gerir um partido que mudou a vida do Brasil e que em quatro governos colocou o País em um lugar de bastante relevância no cenário internacional.

“Foi durante os quatro governos sucessivos que tiramos 40 milhões de pessoas da linha da pobreza e a presença do Brasil no Mapa da Fome, da ONU. Temos um legado que muito me orgulho, que deu uma contribuição muito grande desde a retomada da democracia até um grande avanço econômico social para o nosso povo”, ressaltou.

Durante a entrevista, Falcão falou sobre o início de sua militância contra o golpe de 1964, que foi uma “ducha de água fria” na juventude da época, quando militava pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB). O dirigente foi preso em 1970 por lutar contra a ditadura e solto três anos depois quando, junto com movimentos socialistas e a volta de companheiros exilados, decidiram criar um novo partido, o “partido do povo e das massas”.

“Enquanto esse movimento avançava queria criar o partido das massas, veio a proposta do Partido dos Trabalhadores, criado por um grupo de sindicalista do interior de São Paulo. Migramos para o movimento pró-PT e fundamos o partido em 1980. Estou no partido desde a fundação”, contou.

Naquela época, segundo Rui Falcão, o partido tinha uma convergência de muitas forças: sindicalistas do ABC, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, metalúrgicos, intelectuais, bancários, membros das comunidades eclesiais e de várias organizações que combateram a ditadura.

“Essa união de intelectuais e sindicalistas eram a base formadora do PT. A esquerda organizada, que combateu a ditadura, também esteve nessa formação. O partido desde o início reconheceu a existência do direito de tendência, ou seja, além de se voltar contra a ideia do partido único, acolheu em seu interior o reconhecimento de que as minorias podem existir como tal”, explicou.

Segundo ele, o PT é o único partido do Brasil que tem um funcionamento democrático que exige a paridade de gênero nas direções e tem cotas para jovens e etnias.

O presidente do partido falou também sobre a importância do programa Bolsa Família e dos investimentos em infraestrutura, por meio do Programa de Aceleramento do Crescimento, criados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando estava no poder.

Para ele, o povo brasileiro critica quando entra um governante e interrompe tudo o que estava sendo feito no governo anterior. Mas disse que Lula deu continuidade, ampliou e deu outro significado ao Bolsa Escola, ao transformá-lo em Bolsa Família.

“O Bolsa Família é um programa reconhecido mundialmente. Com a transformação ele não cuida só da distribuição de renda, mas também da permanência do aluno na escola, da vacinação, pré-natal dos bebês, além de articular várias áreas sociais”, ressaltou.

“Por esses motivos ele é isento de qualquer corte nos orçamentos mesmo agora no período de ajuste. O Bolsa Família permanece intocado e assim permanecerá”, completou.

Na entrevista, o presidente Rui Falcão disse ainda que quando o ex-presidente Lula assumiu a presidência da República ele fez um ajuste que foi acompanhado pela criação de programas sociais, valorização do salário mínimo, mudanças da tabela do Imposto de Renda que estava estagnada há anos.

“O PAC, no segundo governo, desata um programa de infraestrutura muito grande que recupera a indústria naval que tinha sido sucateada. Com a questão do Pré-sal reabilitou a indústria naval, que passou a ocupar 100 mil trabalhadores. Há investimento em infraestrutura como nunca havido sido feita antes no país”, ressaltou.

Por Danielle Cambraia, da Agência PT de Notícias

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