Trabalhadores da Mercedes encerram greve e demissão de 1,5 mil é suspensa

Diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC anuncia a adesão da montadora ao Plano de Proteção ao Emprego (PPE), que garante um ano de estabilidade

Trabalhadores na mercedes aprovaram o acordo em assembleia na fábrica, em Saõ Bernardo. 31.08.2015 Foto: Adonis Guerra/SMABC

A greve dos trabalhadores da fábrica da Mercedes em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, foi encerrada na manhã desta segunda-feira (31). O anúncio foi feito pelo diretor de Comunicação do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMABC), Valter Sanchez, em entrevista à “Rádio Brasil Atual”, que comemorou a reversão de mais de 1,5 mil demissões.

Sanchez anunciou também a adesão da montadora ao Plano de Proteção ao Emprego (PPE), do governo federal. O acordo prevê a redução de 20% na jornada de trabalho, por um período de nove meses, para garantir estabilidade no emprego por um ano. Com isso, os trabalhadores terão redução proporcional de salários, com reposição da metade das perdas através do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

O desfecho da greve, que durou semana de greve, com paralisação de 100%, foi comemorado por Sanchez. “Uma grande notícia para nós, um exemplo para os trabalhadores brasileiro, que nós podemos, além da nossa luta, propor alternativas. Saiu, daqui do ABC, essa proposta do PPE, que é para a gente atravessar esse período difícil do mercado”, disse.

Segundo ele, o movimento grevista contou com apoio de dezenas de sindicatos, do Brasil e do exterior, em especial, do Comitê Mundial dos Trabalhadores da Daimler, controladora da Mercedes.

Para Sanchez, é preciso agora lutar por outras medidas que estimulem a demanda e garantam o emprego, a longo prazo, como incentivos do governo para a renovação da frota de caminhões e ônibus.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da “Rádio Brasil Atual”

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