Transição energética abre agenda de oportunidades ao Brasil, diz Nilto Tatto

Em entrevista ao Jornal PT Brasil, deputado do PT de São Paulo falou sobre os desafios do país diante da crise climática e o investimento de mais de R$ 500 bilhões em projetos de desenvolvimento sustentável

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Transição energética e cidades sustentáveis: “Essa agenda é de oportunidades e coloca ao Brasil o desafio de enfrentar a crise climática”

Os investimentos do governo Lula, por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com foco na aplicação de recursos na transição energética do país e em cidades sustentáveis, foram destaque no Jornal PT Brasil desta terça-feira (17), que contou com a participação do deputado federal Nilto Tatto (PT-SP).

Tatto falou sobre os eixos cidades sustentáveis e transição energética como parte do conjunto de ações realizadas pelo presidente Lula no enfrentamento à crise climática. “O mundo todo está percebendo que o Brasil voltou”, observou Nilto Tatto. “O Brasil voltou para os brasileiros, primeiro, evidentemente, no conjunto de programas que deram certo nos governos passados, que estão aí de volta com inclusão social”.

“O Brasil voltou”, prosseguiu o parlamentar, “na medida em que se reorganizou o papel do Estado, do Ministério do Meio Ambiente, do Ibama, que já tem como resultado a diminuição do desmatamento em 48% da Amazônia. O PAC também prevê o conjunto de investimentos para você repensar a própria reindustrialização, a necessidade de reindustrialização do país, com novo tipo de indústria de baixa emissão de gases de efeito estufa”.

O parlamentar enfatizou ainda que mais de R$ 500 bilhões de reais serão investidos na transição energética, que em sua opinião mostra “visão de futuro do presidente Lula e de todo o governo”. Além disso, Tatto ressaltou o quanto essa “agenda é de oportunidades, que coloca para o Brasil o desafio do enfrentamento da crise climática”. 

“É preciso trabalhar fortemente para descarbonizar a economia e todas as cadeias produtivas”, defendeu o petista. Para Tatto, não se pode separar o enfrentamento da crise climática do combate à pobreza e à desigualdade, como defende o presidente Lula.

“É por isso que a gente celebra este investimento do PAC, nesta ordem de recursos, que é o maior da história, maior da América Latina. E que isso vai inspirar, inclusive, outros líderes mundiais a também seguir o mesmo campinho e dar um protagonismo diferente para o Brasil. Vamos celebrar esse volume de recursos que coloca o Brasil na liderança desta agenda no âmbito internacional”, pontou.

Assista a entrevista completa com o deputado Nilto Tatto:

Investimento estrangeiro

No mês de agosto, o presidente Lula esteve com o presidente da Conferência das Nações Unidas para o Clima (COP-28), Sultan Ahmed al-Jaber, e tratou de oportunidades de investimento estrangeiro no Brasil em transição energética.

A conversa aconteceu em Belém (PA), durante a Cúpula da Amazônia, na capital paraense. O evento reuniu líderes dos oito países amazônicos (Bolívia, Colômbia, Venezuela, Peru, Guiana, Suriname, Equador, além do Brasil) e contou com uma rodada de debates com convidados de nações que contam com grandes porções de florestas tropicais, casos da República Democrática do Congo, República do Congo e Indonésia, além de representantes da França, Noruega e de organizações internacionais.

Fontes de energia limpa

Os dois chefes de Estado trataram de transição energética e da busca por fontes limpas de energia. Lula ressaltou a intenção do governo brasileiro de iniciar uma “industrialização verde”, com baixa emissão de carbono, a partir da matriz energética do país, que já é uma das mais limpas do mundo.

O presidente também conversou com seu homólogo austríaco sobre a Aliança Global para Biocombustíveis, lançada ao lado de Índia e Estados Unidos durante a Cúpula do G20, em Nova Delhi. A iniciativa aposta no papel dos biocombustíveis e dos veículos flex na descarbonização do setor dos transportes. A intenção é fomentar a produção sustentável e o uso desses produtos, o que coloca o Brasil em uma vitrine de grande projeção, pelo histórico de produção, manejo e know how.

A ideia dos países com grandes reservas de florestas tropicais é levar à COP-28, que será realizada em novembro, em Dubai, nos Emirados Árabes, uma série de posições definidas em conjunto. 

Leia mais: Bilaterais: Lula discute Mercosul, integração, saúde, transição energética e paz

Lista de compromissos

Um documento com mais de 100 parágrafos lista compromissos e prioridades para proteção da floresta e dos seus povos, em áreas como desenvolvimento sustentável e combate à fome e às desigualdades.

Ouça o Boletim da Rádio PT:

O presidente da COP-28 parabenizou Lula pela iniciativa de reunir os países amazônicos e manifestou a intenção de conferir à cúpula de Belém o maior impacto possível. O presidente brasileiro reforçou a intenção de garantir que a conferência do clima, assim como ocorreu na Cúpula da Amazônia, tenha a maior participação possível da sociedade civil no diálogo com os chefes de Estado.

Os dois também trataram sobre o potencial de cooperação entre Emirados Árabes e Brasil em áreas como transição energética.

Da Redação

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