U$ 350 bi de Lula e Dilma garantem país, reconhece secretário do Tesouro
Mesmo com conflito na Ucrânia, reservas das gestões petistas criaram ambiente de segurança, aponta Paulo Valle. “Esse é o país “quebrado” que o PT deixou”, ironiza a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann
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Não satisfeito em roubar obras dos governos Lula e Dilma, o governo Bolsonaro surfa em outros êxitos das administrações petistas, como as reservas internacionais acumuladas no país desde 2013: U$ 375 bilhões, 10 vezes o valor deixado por Fernando Henrique. Em tempos de crise, como a causada pelo conflito entre Rússia e Ucrânia, são as reservas que garantem um ambiente de segurança para o enfrentamento de um cenário de volatilidade nos mercados internacionais. Na quinta-feira (24), o secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle, atestou: graças às gestões petistas, o Brasil tem hoje condições de enfrentar tempestades econômicas.
“É importante lembrar a posição em que o Brasil se encontra”, reconheceu Valle. “Em termos de dívida pública”, prosseguiu o secretário, “estamos em situação muito confortável. A gente tem só 5% da dívida em dívida externa e a participação do estrangeiro [na dívida interna] no Brasil é de pouco mais de 10%. A gente tem 100% da necessidade de financiamento de 2022 em caixa. A gente tem mais de US$ 350 bilhões de reserva internacional. O Brasil está bem estruturado para alguma volatilidade internacional”.
Secretário do Tesouro do governo Bolsonaro admite que reservas internacionais deixadas por Lula e Dilma tornam Brasil preparado pra crise diante do lamentável conflito entre Rússia e Ucrânia. Esse é o país “quebrado” que o PT deixou.
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) February 25, 2022
Tão bem “estruturado” que o governo já torrou U$ 20 bilhões das reservas em apenas dois anos. Apesar do cenário de otimismo pintado por Valle, no entanto, o governo Bolsonaro conseguiu a proeza de piorar todos os indicativos econômicos do país desde 2013. O resultado explodiu na cara do país: desemprego acelerado, inflação galopante, perda de renda, fome e miséria, que se espalham pelos quatro cantos do Brasil.
O PIB per capita, por exemplo, sofreu o maior tombo desde 1996, acumulando uma queda de 4,8%, superando a baixa do PIB, de 4,1%, em 2020. Com Lula e Dilma, a história foi diferente. Em 2013, o indicador foi o maior da história, batendo R$ 39,58 mil. O PIB per capita é o PIB dividido pelo número de habitantes do país.
Ao mesmo tempo, os investimentos estrangeiros diretos deram um salto de U$ 16,6 bilhões, em 2002, para U$ 64 bilhões em 2013. Já com Bolsonaro estacionaram em U$ 25 bilhões em 2020.
Compare os números no quadro abaixo: