Violência política: vereadora Bia Caminha recebe ameaça de morte no Pará

Em mais um caso de violência política no país, a vereadora Beatriz Caminha (PT-PA) recebeu  ameaças de morte de cunho racista e LGBTfóbico na madrugada desta segunda-feira, 17.

Uma mensagem anônima foi encaminhada à parlamentar por e-mail com ameaças explícitas de crime de ódio e de possíveis atos violentos na Universidade Federal do Pará (UFPA), onde ela estuda.

A assessoria de Caminha ressalta que o mandato da vereadora repudia veementemente qualquer tipo de violência e ódio, e que já tomou todas as medidas cabíveis para garantir a sua segurança e de sua equipe.

Mesmo diante das ameaças, a parlamentar reafirma o seu compromisso com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, e ressalta a importância da valorização da diversidade e do respeito às diferenças como forma de prevenir.

Para a vereadora, essas agressões partem de pessoas fascistas que odeiam a democracia e não suportam a diversidade cultural, racial, religiosa e sexual do Brasil. “Estou sendo vítima de um crime de ódio. De pessoas que não aceitam que uma mulher negra eleita legitimamente pelo povo esteja em uma posição de poder”.

Comissão de Combate à Violência Política

Na manhã desta terça-feira, 18, integrantes da Comissão de Combate à Violência Política do PT se reuniram para traçar medidas e ações de enfrentamento à violência como esta que Bia Caminha vivencia. Além dela, diversos outros casos no país foram denunciados e são combatidos pelo PT.

Confira abaixo as declarações de combate à violência política no Brasil do secretário Nacional de Combate ao Racismo do PT, Martvs Chagas; da secretária Nacional de Juventude do PT, Nádia Garcia; da secretária Nacional LGBT do PT, Janaína Oliveira; da secretária de Mulheres do PT, Anne Moura; e do secretário Nacional Geral do PT, Henrique Fontana:

Secretária Nacional de Mulheres do PT, Anne Moura:

“Nós, da Secretaria Nacional de Mulheres do PT, recebemos com muita preocupação as ameaças virtuais e anônimas direcionadas à companheira Bia Caminha, que foi vítima de racismo e LGBTfobia. Essa epidemia de violência contra nossas companheiras tem de ter um basta. Esse é mais um episódio de violência política de gênero, onde criminosos misóginos querem nos amedrontar para que as mulheres, que ocupam os cargos com mandato, desistam deles. Não vamos permitir isso. Vamos, junto à direção do Partido, tomar providências. Esperamos também que a Polícia Civil do Estado do Pará consiga identificar e prender esses criminosos, que também ameaçam fazer um ataque ao Campus da UFPA. Conte com o apoio das mulheres do PT, companheira Caminha. Você não está só.”

A vereadora Bia Caminha também se manifestou em suas redes sociais. Veja o vídeo:

 

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Nota de repúdio e solidariedade do DN do PT

O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores externa solidariedade à vereadora de Belém do Pará, Bia Caminha (PT), que foi ameaçada de morte na madrugada deste domingo (16). A ameaça chegou via e-mail carregado de racismo e LGBTfobia, afirmando que a parlamentar será   eliminada em breve” e se encontrará com Marielle Franco, em uma evidente manifestação de ódio e violência política.

Bia Caminha, que é vice-presidenta estadual do PT-PA, foi eleita a vereadora mais jovem da história de Belém e mais votada do Norte do país pelo PT aos 21 anos, com atuação política em defesa da Amazônia, mulheres, negros e negras, juventudes e da população LGBTQI. A movimentação combativa da parlamentar e militante a tornou alvo de grupos de extrema direita que ao longo de sua trajetória política tentam interromper tudo que a vereadora representa.  

A violência política contra mulheres negras e LGBTQIA+ tem sido arma dos grupos de extrema direita por todo o Brasil que não aceitam que parlamentares como a vereadora Bia Caminha ocupem e existam na política. O Partido dos Trabalhadores se solidariza e comunica que já está tomando as medidas cabíveis para garantir a proteção da vereadora.

Gleisi Hoffmann

Presidenta do PT Nacional

Da Redação