Vítimas de violência doméstica são conhecidas por um em cada quatro brasileiros

Informação é do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e do Datafolha

Pixabay

A violência doméstica é relatada em proporção maior pelas próprias mulheres do que entre homens, revelou a pesquisa

Um novo levantamento sobre a violência contra a mulher no Brasil, realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em parceria com o Datafolha, mostrou que um em cada quatro brasileiros diz que conhece mulheres vítimas de violência doméstica praticada por parceiros íntimos, como namorados, maridos e ex-companheiros.

De acordo com o jornal Folha de São Paulo, “essa parcela da população (27%) corresponde a quase 45 milhões de pessoas em todo o país, e as respostas se referem às agressões praticadas num período de 12 meses anteriores aos dados da pesquisa. É o crime relatado com mais frequência entre 18 situações diferentes afetadas pelo instituto, que vão de assaltos à presença de cemitérios clandestinos nos bairros.” Foram entrevistadas 2.508 pessoas com mais de 16 anos em todas as regiões do Brasil entre os dias 11 e 17 de junho. 

Uma pesquisa mostrou ainda que a violência doméstica é relatada em proporção maior pelas próprias mulheres (31% das entrevistadas responderam afirmativamente) do que entre homens (22%). É também exposto pelos jovens com maior frequência do que pelos mais velhos.

O mesmo ocorre entre os mais escolarizados, em relação a quem teve menos ensino formal. Dos entrevistados com ensino superior completo, 36% afirmaram que conheceram vítimas de violência doméstica. Entre aqueles que estudaram até o fundamental, 18% dizem o mesmo.

A secretária nacional de mulheres do PT, Anne Moura, comentou os dados apresentados. Para ela, a diferença nos relatos entre mulheres e homens sobre a violência doméstica, deixa claro que é preciso ampliar o debate em torno do tema: “A gente sabe, infelizmente, que a violência de gênero segue muito alta no país. E que por isso temos que seguir falando sobre o quão importante é a conscientização, principalmente, por parte das pessoas que defendem que haja uma mudança cultural e social na percepção dos brasileiros de que a violência não é aceitável. apresentado pela pesquisa. E aqui eu lembro que o governo do presidente Lula, por meio do Ministério das Mulheres, lançou o painel sobre a Ligue 180, uma ferramenta de busca para facilitar o acesso da população e dos gestores e gestores municipais a informações sobre os serviços da rede de atendimento existente nos municípios e estados brasileiros.”

Governo Lula em ação para combater a violência contra a mulher

Recentemente, a ministra das mulheres, Cida Gonçalves, esteve no programa “Bom dia, ministra”, e relatou algumas das ações que foram realizadas pela pasta para ampliar a rede de proteção às mulheres. Na oportunidade ela revelou que “desde o dia 1º de janeiro de 2023, até agora, o governo do presidente Lula investiu mais de R$ 500 milhões no fortalecimento dos serviços de combate à violência contra as mulheres nos estados e municípios”.

“É muito importante que a sociedade conheça, saiba quais são os serviços que temos do governo para atender, para dar resposta, mas principalmente, comece a entender que é você, individualmente, que vai ajudar a resolver o problema. Nós podemos construir 5 mil Casas da Mulher Brasileira no nosso país, mas se você, uma pessoa, não ajuda, nós não vamos dar conta”, afirmou. 

De acordo com o ministro, o aumento dos casos de violência está dentro da perspectiva da misoginia, que é o ódio às mulheres: “Nós estamos vivendo um momento no país de muito ódio, intolerância, e desrespeito. Isso vai para dentro de casa, e recai sobre as mulheres. Então, esse é o desafio que o governo do presidente Lula está lançando em agosto, nos 18 anos da lei Maria da Penha”, explicou. 

Da Redação Elas por Elas, com informações da Folha de S. Paulo 

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