Zarattini diz que reforma da previdência não ataca privilégios

Líder do PT na Câmara afirma que, nesta semana, partido irá fazer corpo a corpo para convencer deputados a não votarem a reforma

Gustavo Bezerra/PT na Câmara

Deputado federal Carlos Zarattini

“Queremos que o governo prove que ele está retirando privilégios, porque nós vamos provar que ele está retirando direitos”, afirmou o líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini, sobre a votação da Reforma da Previdência.

Em entrevista coletiva no salão verde da casa, ele destacou a greve de fome realizada por sete pessoas, com o objetivo de suspender a votação, e prometeu trabalhar no convencimento de deputados. “Nós vamos preparar um corpo a corpo junto aos deputados para que se convençam de que não é o momento de fazer essa reforma e que é prejudicial aos trabalhadores”, afirmou.

“O governo está fazendo uma pressão gigantesca sobre os deputados para conseguir esses votos, mas vai haver também uma pressão enorme nas bases desses deputados, nós articulamos esse final de semana a Frente Brasil Popular, a Frente Povo Sem Medo, em cada cidade desse país esses deputados terão seus nomes lembrados.”

“A gente quer mandar um recado também ao presidente da Câmara, que ele não tem que ser um capacho do governo”, afirmou Zarattini.

“Se ele acha que tem que colocar em votação, ele que coloque, mas ele não tem que ficar aqui levantando toda essa mobilização até que se tenha o número de votos necessários. Esse não é o papel do presidente da Câmara dos Deputados, que é um poder independente da República.”

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reconheceu há pouco ser difícil colocar para votação a reforma da Previdência na semana que vem. Ele falou rapidamente com jornalistas antes de participar de evento na Fiesp.

Maia não apresentou na conversa o mesmo ânimo da semana passada em relação à aprovação da reforma. Disse que está e vai continuar trabalhando dobrado para tentar aprovar o texto das mudanças nas regras da aposentadoria ainda este ano.

No entanto, o presidente da Câmara disse acreditar que até a próxima quarta-feira possa ser possível reunir os 308 votos necessários para aprovar a reforma. Mas ponderou que, se não for aprovada neste ano, terá que passar no ano que vem.

“A Reforma da Previdência só sairá da pauta quando for aprovada. Se não for aprovada neste ano terá que passar no ano que vem”, disse.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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