Para Mineiro, cidades serão as mais prejudicadas com medidas de Temer

Fernando Mineiro e demais candidatos à prefeitura de Natal (RS) participaram de debate organizado pelo Sindsaúde-RN; atual prefeito foi único ausente

Foto: Vlademir Alexandre

O candidato do PT a prefeito de Natal, Fernando Mineiro, participou, na manhã desta sexta-feira (9), de um debate convocado pelo Sindicato dos Servidores da Saúde do Rio Grande do Norte. O atual prefeito, Carlos Eduardo Alves (PDT), cuja gestão foi alvo do escrutínio dos candidatos e do auditório, novamente não compareceu a um debate, como tem feito desde o início da campanha: ele tem reservado suas aparições públicas às maiores emissoras de TV locais, Bandeirantes e Globo.

“Primeiramente, fora Temer”, iniciou Mineiro, em uma participação dividida entre a denuncia o caráter regressivo da agenda política imposta pelo golpe que empossou o presidente usurpador e suas propostas para reorganizar o sistema de saúde.

Limitação de orçamento proposta por golpistas prejudica não só as conquistas dos governos Lula e Dilma, mas as conquistas da Constituição de 1988″

“Quero fazer um chamamento a cada um e cada uma que está aqui. Temos pouco mais de 20 dias até as eleições, e ainda há frieza na sociedade sobre a importância de eleger o gestor da cidade nos próximos quatro anos. E as cidades serão as principais vítimas do que está se consolidando com os golpistas”, alertou o candidato petista.

“Não se trata de defender só a democracia, que já seria motivo suficiente, mas a limitação de orçamento proposta por eles prejudica não só as conquistas dos governos Lula e Dilma, mas as conquistas da Constituição de 1988”, afirmou, em sua fala de encerramento.

Saúde em Natal

Em perguntas específicas sobre a saúde, feitas por servidores e diretores do sindicato e distribuídas aos candidatos por sorteio, Mineiro reafirmou a importância de reorganizar o sistema de saúde, com foco para a prevenção e o atendimento domiciliar por meio das equipes do Programa Saúde da Família.

O candidato defendeu, ainda, a importância de organizar outros serviços que têm impacto sobre a saúde pública, como a coleta de lixo. “Hoje, não há separação da coleta do dejeto hospitalar, e em alguns casos, o ponto de depósito é na própria unidade de saúde. Imagine o impacto disso nos lençóis freáticos, para a saúde da população e dos servidores”, ponderou.

Foto: Diego Sartorato

Foto: Diego Sartorato

Protesto da GCM

Durante o debate, realizado no auditório do Sindicato dos Policiais Civis do Rio Grande do Norte, Guardas Municipais aproveitaram a ocasião para manifestar-se com faixas de protesto contra a gestão do atual prefeito pela necessidade de reforçar a GCM para que ela possa cumprir, de fato, sua função de agente de segurança pública.

“Nossa expectativa é que a próxima gestão tenha respeito pelo serviço e pelos servidores. São mais de duas décadas de descaso, sem uma política para a segurança pública. O Estatuto das Guardas Municipais vendo sendo descumprido. A Guarda Municipal hoje tem a prerrogativa de defender a vida das pessoas, que é um bem maior na Constituição, ao lado das demais polícias. Somos apenas 406 servidores, e, pela população de Natal, precisaríamos ser 1,4 mil”, afirmou Luciano Martins de Oliveira, guarda há 24 anos.

“Precisamos de concurso público, precisamos voltar a estar presentes nas escolas e unidades de saúde, nos bairros. Nós queremos trabalhar, precisamos ter a estrutura e o investimento para isso”, completou.

Após o debate, os guardas se reuniram para discutir suas reivindicações com os candidatos. Mineiro dedica um capítulo de seu plano de governo a esse tema, defendendo justamente a aplicação do Estatuto das Guardas Municipais de forma a transformá-la em reforço para a segurança pública na cidade.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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