Gleisi denuncia lawfare contra lideranças latino-americanas

Representantes de partidos de esquerda de quatro países concederam coletiva de imprensa em Cuba, onde está sendo realizado 24o Foro de São Paulo

Ricardo Stuckert

Gabriela Rivadeneira, deputada Equador; Jorge Taiana, ex-chanceler de Cristina Kirchner; Nídia Diaz, deputada da Frente Farabundo Martin de Libertação Nacional de El Salvador e Gleisi

A contraofensiva neoliberal, que promoveu golpes como no Brasil, contra a presidenta eleita Dilma Rousseff, e que promove perseguição jurídica para inviabilizar o retorno de lideranças progressistas foi pauta de uma coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (16) em Cuba.

Eles denunciaram o lawfare como tática para impedir que lideranças progressistas voltem o poder. Gabriela Rivadeneira, deputada Equador; Jorge Taiana, ex-chanceler de Cristina Kirchner; Nídia Diaz, deputada da Frente Farabundo Martin de Libertação Nacional de El Salvador participaram da coletiva. A presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, falou sobre o golpe parlamentar de 2016 e sobre a prisão política de Lula, como exemplos do que ocorre na América Latina.

“Estamos denunciando o que acontece no Brasil, em El Salvador, no Paraguai, Equador, Argentina que depois do golpe quando retiram as lideranças progressistas – e no caso do Brasil foi explícito o que fizeram com Dilma -eles usam do lawfare para impedir as lideranças de voltar a governar. É um verdadeiro atentado à democracia e ainda tentam normalizar esse tipo de intervenção feita por instituições constitucionais mas que têm lado político”, afirmou Gleisi durante a entrevista.

Gleisi citou a prisão política de Lula como um dos exemplos, citando também a perseguição à Cristina Kirchner, Rafael Correa, Vanda Pignato, ex-primeira-dama de El Salvador Vanda Pignato, presa dentro de um hospital onde passar por um tratamento de câncer, dentre outros.

“Eles querem impor a política neoliberal, que sequer a população aceita. Não cabe política neoliberal em países com tanta desigualdade e pessoas em situação de pobreza extrema”, declarou Gleisi, reforçando a importância do Foro de São Paulo e da cobertura do encontro por veículos progressistas para tentar dar luz aos casos citados.

Solidariedade internacional

Lideranças de todo o mundo, de vários setores de atuação, políticas e de movimentos sociais estão, desde a condenação arbitrária de Lula tem se manifestado e denunciado a prisão política do ex-presidente. Além de uma carta de apoio que será divulgada ao final do Foro em Cuba, muitos chegaram a ir até a Vigília, em Curitiba, manifestar seu apoio.

Gleisi reiterou que a solidariedade internacional tem sido crucial para ajudar a divulgar os absurdos da prisão política, além da prática do lawfare contra Lula e também contra os outros líderes latinos. De acordo com ela, tudo que a imprensa brasileira – comandada pela Globo – se nega a divulgar, os espaços internacionais tem ajudado a “furar a bolha”.

“Com certeza essas manifestações internacionais encontram apoio entre a população brasileira, assim como a de juristas mundialmente conhecidos que também tem denunciado o caso do Brasil. Aqui no Foro temos um evento com quase 50o delegados, movimentos sociais e com certeza terá um peso grande”, afirmou.

Em coletiva de imprensa em Cuba, Gleisi Hoffmann denuncia prisão política de Lula

Publicado por Lula em Segunda, 16 de julho de 2018

Da Redação da Agência PT de Notícias

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