Cortina de fumaça: bolsonaristas mentem que Amazônia foi vendida

Enquanto a Amazônia e o Pantanal pegam fogo e a fumaça se espalha pelo Brasil, a fábrica de fake news se preocupa mesmo é com cortinas de fumaça. A semana passada terminou com a mentira de que Lula vendeu a Amazônia e Bolsonaro não quer entregar, como desmentimos aqui. Nesta semana, brota nas redes mais desinformação. A principal delas mente ao dizer que Bolsonaro descobriu a venda da Amazônia no governo Dilma.

A postagem diz: “Se Bolsonaro não fosse presidente, a gente nunca ia saber que o filho do Sarney, então ministro do Meio Ambiente de Dilma, vendeu a Amazônia a ONGs por 60 milhões de dólares”. Não há nada de verdade nessa história, que tem, pelo menos, três informações erradas. 

Primeiramente, Sarney Filho nunca foi ministro de Dilma, apenas de Temer. Em segundo lugar, o acordo anunciado pelo Ministro não é secreto e Bolsonaro nada descobriu. O projeto foi amplamente divulgado e se chama Paisagens Sustentáveis da Amazônia, parceria do governo com o Banco Mundial e a ONG Conservação Internacional. Finalmente, ele não vendeu a Amazônia, mas destinou 60 milhões de dólares do Fundo Mundial para o Meio Ambiente Mundial para transformar áreas da Amazônia em unidades de conservação.

 

 

Na fábrica de fake news bolsonarista, uma mentira contradiz a outra. Afinal, também circula nas redes sociais a desinformação de que foi Lula quem vendeu a Amazônia para ONGs e que isso estaria ligado à descoberta de “10 mil fazendas do narcotráfico, tráfico de crianças e minérios”. A mentira não se sustenta em qualquer prova, como mostra a Agência Lupa. As fotos que acompanham a postagem estão fora de contexto e não mostram a operação citada no texto ou sequer são no Brasil – afinal, a operação não aconteceu.

Mentiras que buscam vincular PT, narcotráfico e abuso de crianças se espalham há anos e agora se somam às fake news sobre a Amazônia.

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