Índice de Confiança da Indústria sobe 1,8%, melhor resultado desde agosto de 2022
Dados são do FGV IBRE, que atribui a alta do índice a avanços registrados no governo Lula, entre os quais a ampliação do crédito
Publicado em
Os avanços econômicos registrados no governo Lula, como facilitação de crédito, controle da inflação e melhora na demanda, resultaram em um aumento de 1,8 ponto no Índice de Confiança da Indústria (ICI), que chegou a 97,4 pontos em janeiro, melhor resultado desde agosto de 2022 (100). Em médias móveis trimestrais, o crescimento foi de 2,2 pontos, para 95,4 pontos. Os dados são do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE).
“Após um fim de ano menos pessimista, o setor industrial começa 2024 com alta na confiança. A recuperação se mantém pelo quarto mês consecutivo e com características semelhantes ao observado nos últimos meses”, comentou Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE.
“A alta de janeiro reflete a percepção de melhora dos empresários em relação à situação atual, resultado do aumento da demanda e do movimento de escoamento de estoques que alcançam o nível neutro pela primeira vez desde 2022”, prosseguiu Pacini.
LEIA MAIS:
CNI, Fiesp e outras entidades elogiam política industrial do governo Lula
Segundo ele, em relação aos próximos meses, há uma melhora das expectativas sobre o ambiente de negócios e produção prevista de forma disseminada entre segmentos da indústria. “Essa evolução parece estar relacionada a um cenário de facilitação de crédito, controle da inflação e de melhora na demanda durante o ano que se inicia”, explicou o economista.
Em janeiro, houve alta da confiança em 15 dos 19 segmentos industriais pesquisados pela Sondagem. O resultado reflete melhora tanto nas avaliações sobre a situação atual quanto nas expectativas em relação aos próximos meses.
O Índice Situação Atual (ISA) subiu 2,8 pontos, para 97,8 pontos, maior patamar desde setembro de 2022 (100,3 pontos). O Índice de Expectativas (IE) avançou 0,8 pontos, para 97,0 pontos.
LEIA MAIS:
Nova Indústria Brasil: governo Lula define papel estratégico do Estado até 2033
Estoques
Entre os quesitos integrantes do ISA, o que mais influenciou na melhora do mês foi o que mede o nível de estoques, com queda de 4,5 pontos no mês, para 99,4 pontos. Essa é a primeira vez que o indicador fica abaixo do nível de neutralidade desde setembro de 2022.
Quando esse indicador está acima de 100 pontos, sinaliza que a indústria está operando com estoques excessivos (ou acima do desejável). Em menor magnitude, os indicadores que medem o nível atual de demanda e a situação atual dos negócios subiram 1,9 e 2,1 pontos, respectivamente, para 95,4 e 97,8 pontos.
Em relação às expectativas, houve melhora das perspectivas sobre a produção e no indicador que mede a tendência dos negócios no horizonte de seis meses. A tendência de produção nos três meses seguintes subiu 3,6 pontos, para 99,3 pontos. Já a dos negócios nos seis meses seguintes avançou 2,8 pontos para 96,5, maior patamar desde setembro de 2022 (98,5 pontos).
No sentido contrário, o indicador que mensura o ímpeto sobre as contratações recuou 4,1 pontos, para 95,4 pontos.
LEIA MAIS:
Diretor da CNI diz que Brasil perdeu com neoliberalismo e defende política industrial
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (NUCI) manteve relativa estabilidade ao variar -0,1 ponto percentual em janeiro, para 81,0%.
Nova Indústria Brasil
O resultado do levantamento do FGV IBRE é divulgado após o governo Lula adotar uma série de medidas para retomar o desenvolvimento do país e gerar empregos de qualidade, por meio do fortalecimento dos investimentos públicos e da parceria com o setor privado.
Entre outros programas importantes, como o Novo PAC, o presidente Lula lançou, em 22 de janeiro, a Nova Indústria Brasil (NIB), que terá financiamento de R$ 300 bilhões até 2026 e traz metas para impulsionar o desenvolvimento até 2033.
A NIB tem três premissas básicas: fortalecimento da indústria brasileira, essencial para o desenvolvimento sustentável do país; combate ao processo de desindustrialização iniciado na década de 1980, com a fragilização de cadeias produtivas; e ampliação de valor agregado e tecnológico às exportações.
Da Redação