Em volúpia privatista, Tarcísio agora quer entregar a linha Azul do Metrô paulistano
Até agora, o governador não apresentou critérios técnicos e explicações administrativas para privatizar uma das mais importantes e rentáveis linhas do metrô paulistano. Jilmar Tatto considera proposta absurda
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Ao custo de R$ 100 milhões, sem processo licitatório como exigido por lei para contratação de serviços dessa natureza, o governador Tarcísio de Freitas contratou, em 2023, a IFC (International Finance Corporation), empresa de consultoria ligada ao Banco Mundial, para encaminhar estudos acerca da viabilidade de privatizações de empresas públicas paulistas, como a Sabesp, linhas do metrô paulistano e trens da região metropolitana da capital.
Chama a atenção o estranho modelo do contrato da consultoria. Sobre a Sabesp, por exemplo, o estabelecido é que, se a IFC apontasse como inviável a privatização, o valor a receber pelo serviço seria menos da metade do estabelecido com a avaliação “técnica” positiva para privatizar. Ou seja, não é preciso esforço nenhum para concluir qual o veredicto final da empresa de consultoria neste caso.
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Processo em curso para privatizar a Cia. de Saneamento do Estado, Tarcísio anuncia, agora, encaminhamentos para a privatização do transporte sobre trilhos. Em campanha eleitoral, o atual governador não tocou nesse assunto. Apenas mencionou possíveis PPPs (Parcerias Público Privada) em torno de novas linhas a serem construídas.
Eleito, Tarcísio de Freitas coloca em prática uma volúpia privatista sem igual em São Paulo. E a “bola da vez”, agora, é a Linha Azul (norte e sul) do metrô. A mais antiga da capital, mais eficiente e com os maiores índices de transporte diário de passageiros. Nada disse, até o momento, sobre critérios técnicos e explicações administrativas das razões para privatizar esta que é, seguramente, uma das mais importantes e rentáveis linhas do Metrô paulistano.
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Ex-secretário municipal de transporte e mobilidade da prefeitura de São Paulo nas gestões petistas de Marta Suplicy (2001/2004) e Fernando Haddad (2013/2016), o deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP) afirma que é absurda a proposta de privatizar a linha azul do metrô, a mais antiga de São Paulo , que é referência de bom funcionamento no Brasil e no mundo.
Tatto afirma, ainda, que em vez de privatizar, o governador deveria olhar com atenção as necessidades de manutenção, modernização e valorização dos profissionais do setor. E destaca a contradição que é privatizar para o Estado pagar 30% a mais do valor da tarifa, por passageiro, como é atualmente e com qualidade duvidável como mostram as experiências das linhas atualmente privatizadas.
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Da Redação