Com escuta ativa, governo Lula amplia ações para mulheres Yanomamis
Na Assembleia Associação das Mulheres Yanomami Kumirayoma, indígenas reforçam criação da Casa da Mulher Indígena no território Yanomami. Ministério das Mulheres reforça importância das escutas ativas para entender demandas das comunidades
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Após anos de inação do governo da extrema direita nos cuidados e atenção à população indígena, a gestão do presidente Lula tem atuado de forma consistente para oferecer ampla assistência aos povos originários do Brasil.
No que diz respeito às indígenas, o Ministério das Mulheres tem atuado de forma consistente no contato com elas. Prova disto, é a ação da pasta no Território Yanomami de Maturacá, em São Gabriel da Cachoeira (AM), durante a Assembleia Associação das Mulheres Yanomami Kumirayoma (AMYK), onde foi realizada escuta qualificada e acolhimento das demandas da comunidade. A atividade reuniu 200 Yanomamis.
A diretora de Proteção de Direitos do Ministério das Mulheres e mulher indígena fulni-ô, Pagu Rodrigues, revelou que a pasta tem realizado escutas qualificadas em vários territórios indígenas, apresentando as propostas do Ministério.
Ela conta que no mês de abril foi iniciado o debate para a constituição de uma rede de proteção para meninas e mulheres Yanomami, considerando toda a situação que elas estão vivendo de crise emergencial.
“Esse encontro faz parte de um plano de ações que apresentamos para a constituição da rede de proteção a meninas e mulheres Yanomamis, coordenada pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai)”, diz Pagu Rodrigues, referindo-se à Rede Intersetorial de Enfrentamento à Violência contra Mulheres e Crianças da Terra Indígena (TI) Yanomami.
De acordo com o MMulheres, a rede surgiu como proposta articulada para que fossem discutidas políticas públicas integradas para a população Yanomami, com foco na prevenção e no enfrentamento da violência contra meninas e mulheres da etnia.
Durante a atividade da Assembleia das Mulheres Yanomami Kumirayoma, foi apresentada a proposta da criação da Casa da Mulher Indígena, equipamento público para promover ações de prevenção e enfrentamento à violência contra mulheres indígenas, e priorizar territórios indígenas com maior índice de violência contra mulheres.
Segundo Rodrigues, todas as mulheres receberam as informações muito bem, e registraram em ata que querem uma unidade do equipamento público no território Yanomami: “O próximo passo agora é fazer a consulta aos territórios todos, conforme o protocolo Yanomami para poder decidir em qual local que a Casa da Mulher Indígena será implementada. É um equipamento de proteção e acolhimento para mulheres indígenas em situação de violência, e elas querem fazer esse debate dentro do território, inclusive da Lei Maria da Penha. Elas receberam com bastante entusiasmo a notícia da Casa e querem.”
Da Redação do Elas por Elas, com informações do Ministério das Mulheres