Efeito Lula: produção industrial cresce 1,1% em setembro, após alta de 0,2% em agosto

Segundo o IBGE, mercado de trabalho em alta e redução da inadimplência contribuem para a trajetória de crescimento do setor

Jonathan Campos - AEN/PR

Em menos de dois anos, as políticas do governo Lula promoveram a recuperação do setor industrial

Dados divulgados nesta sexta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ampliam a trajetória de crescimento da indústria do país. A Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) mostra que a produção industrial registrou alta de 1,1% em setembro, na série com ajuste sazonal, após variação positiva de 0,2% em agosto. Já na série sem ajuste sazonal, o crescimento foi de 3,4% na comparação com setembro de 2023, marcando a quarta taxa positiva consecutiva. Com isso, o setor registrou expansão de 3,1% nos nove primeiros meses de 2024. Nos últimos 12 meses, alta de 2,6%. 

A pesquisa mostra também que de julho e setembro a indústria avançou 1,6%, consolidando-se como um dos motores da economia. Para André Macedo, gerente do IBGE, “a taxa de desocupação mais baixa e a redução da inadimplência são fatores importantes para explicar que a produção industrial tem desempenho positivo em diferentes métricas”.

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Com mais pessoas empregadas, há um aumento da renda e do consumo. Já a diminuição da insolvência demonstra uma maior capacidade das famílias de honrar seus compromissos financeiros. Reunidas, essas condições impulsionam a confiança do consumidor e estimulam a demanda por bens e produtos industriais. 

Alta e desafio

Os destaques incluem os setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, que cresceram 4,3%, e os produtos alimentícios, 2,3%. A indústria automotiva também teve um desempenho positivo, com um aumento de 2,5% na produção de veículos, reboques e carrocerias. Ao todo, 12 dos 25 ramos pesquisados apresentaram alta, indicando uma recuperação diversificada.

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Na comparação com setembro de 2023, três das quatro grandes categorias industriais variaram positivamente. Bens de capital lideraram, com um aumento de 4,2% no mês e impressionantes 13,6% no acumulado anual. Bens intermediários subiram 1,2% em setembro, enquanto bens semi e não duráveis tiveram um leve crescimento de 0,6%.

No entanto, desafios ainda persistem. Doze setores enfrentaram quedas, com as indústrias extrativas (-1,3%) e produtos químicos (-2,7%) apresentando os maiores recuos. Quanto a isso, Macedo observa que “a indústria está mais dinâmica em 2024, mas ainda requer atenção cuidadosa”.

Recuperação consistente

O bom desempenho da indústria brasileira aponta para uma recuperação consistente e sustentada pelo fortalecimento do mercado de trabalho e pela estabilidade econômica. O crescimento gradual mostra o setor retomando seu papel fundamental na geração de emprego e renda e no desenvolvimento da economia. 

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Da Redação

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