Projeto para anistiar golpistas incentiva o terrorismo, diz Rubens Jr.
Em entrevista ao Jornal PT Brasil, deputado petista defendeu o arquivamento imediato do projeto de lei que tramita na Câmara e reforçou a importância do apoio popular na luta para garantir a medida
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Em entrevista nesta segunda-feira (25) durante edição da tarde do Jornal PT Brasil, pela TvPT, o deputado federal Rubens Jr. (PT-MA) reforçou o movimento liderado por parlamentares do partido pelo arquivamento do projeto de lei que propõe anistia aos bolsonaristas golpistas que agiram no dia 8 de janeiro de 2023 e invadiram as sedes dos três poderes em Brasília. No momento, a tramitação da matéria está paralisada na Câmara dos Deputados.
“Além de combater o devido processo legal que hoje tramita no Supremo Tribunal Federal, esse projeto serve de estímulo para novos atos golpistas. Por isso, que a pouco mais de 10 dias, nós tivemos um homem-bomba, tanto no carro do estacionamento da Câmara dos Deputados, quanto no Supremo Tribunal Federal. Ele, inclusive, veio a óbito. Então esse discurso de anistia está incentivando atos golpistas, terroristas, que atentam contra a democracia, por parte de outras pessoas inconsequentes e terroristas. Por isso que nós não podemos concordar nem mesmo com a tramitação desse projeto”, argumentou.
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Para o deputado Rubens Jr. também é de fundamental importância obter o apoio popular, através da campanha contra a anistia que tem agitado as redes sociais, para que a matéria seja arquivada na Câmara dos Deputados.
“A Câmara dos Deputados só funciona sob pressão e esse é um assunto que merece a devida pressão. Se a gente deixar, eles vão colocar para votar essa e outras matérias que prejudicam a sociedade brasileira e que, em alguns casos, retrocedem direitos, inclusive dos trabalhadores. Então nós temos que estar atentos e vigilantes. E essa pressão tem que ser permanente, no parlamentar, nos líderes, na mesa, de forma pacífica, mas constante. Então, quanto mais atenção popular a gente tem, a gente vai estar melhor mostrando para o Brasil inteiro e para a Câmara dos Deputados que esse assunto de anistia não é condizente com a nossa Constituição Federal”, afirmou o parlamentar petista.
Assista a íntegra da edição das 13h do Jornal PT Brasil desta segunda-feira (25)
Golpe contra a democracia
Rubens Jr. lembrou que nos últimos dias a Policia Federal, após uma investigação minuciosa e detalhada, desbaratou e prendeu os membros da organização criminosa que tramou um golpe de estado no país, após a eleição do presidente Lula em 2022, inclusive com planos para assassinar o presidente eleito, seu vice e até mesmo o ministro do STF, Alexandre de Moraes.
“Ser de direita, esquerda, ser progressista, ser conservador ou liberal, tudo isso é parte da democracia. Agora botar bomba em aeroporto, botar bomba no Supremo, planejar a morte de quem ganhou a eleição? Isso é fora da política, é coisa de quem é radical, é coisa de quem é terrorista e nós temos que combater isso com muita força e eficiência. Para que, justamente, atos como esses fiquem no passado e possam servir de exemplo como uma luta a não ser seguida. Ameaçar a democracia no Brasil é crime e as pessoas envolvidas têm que pagar caro por isso”, enfatizou.
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Durante a entrevista, o deputado federal expôs ainda como se dará a tramitação do processo jurídico após a conclusão do inquérito pela Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de estado planejada pelos radicais bolsonaristas, inclusive oficiais de altas patentes militares.
“Quando acontece um crime no Brasil, primeiro quem investiga é a polícia, e quando termina a investigação, ela indicia ou não quem participou. Ela diz se houve crime ou não, segundo a sua visão. Quando ela conclui, ela manda para o judiciário, mas quem decide se vai virar processo ou não, é o Ministério Público, que apresentam a denúncia. Nós estamos nessa fase, a Polícia Federal já disse que houve crime e que o Bolsonaro é um dos participantes, inclusive um dos que incentivaram isso tudo”, pontuou Rubens.
“Agora então a bola está com a Procuradoria-Geral da República, com o eminente procurador-geral Paulo Gonet. Ele é quem vai decidir se denuncia ou não. Denunciando, o processo vai andar. A partir de quando for apresentada a denúncia, ess assunto deixa de de ser da polícia e passa a ser da justiça. Então, Bolsonaro tem que prestar muitas contas pra justiça por conta dos muitos mal feitos que ele praticou, tanto durante o governo, quanto depois da eleição”, concluiu o deputado.
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Da Redação