Dilma reafirma compromissos na caminhada em BH

A presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição, participou de uma caminhada na manhã deste sábado (04) em sua cidade natal, Belo Horizonte. “Eu vim aqui, nessa reta final de campanha, porque nasci aqui e aqui passei anos decisivos da minha vida, porque aqui eu tomei a consciência de que a maior missão que uma mulher cidadã brasileira poderia ter é assumir o compromisso com as mulheres e com o povo”, disse.

Segundo Dilma, o objetivo maior de seu governo é a consciência de que a construção de um Brasil democrático passa pela construção de um País sem discriminação contra a mulher e o negro, e sem homofobia. “É caso para o Brasil se mobilizar e lutar, de todas as formas, contra esses processos bárbaros que atentam contra a civilização”.

Para a eleição deste domingo (05), a presidenta pediu que os brasileiros pensem no futuro do País e que votem com consciência, paz e amor no coração. Dilma observou que os candidatos opositores afirmam que vão dar continuidade aos programas do governo atual, e argumentou que o seu governo, que já vem realizando com sucesso o desenvolvimento social, é o mais preparado para continuar avançando nas políticas sociais.

Mais conquistas -Durante a caminhada, a presidenta passou por uma cafeteria mineira, onde bebeu café, comeu pão de queijo, tirou fotos com funcionários e ganhou uma xícara do estabelecimento. Ela também autografou uma embalagem do café servido na casa. “Em 2010 eu disse que além de continuar as conquistas do governo Lula, ia avançar e governar com o coração e a alma da mulher. Isso significa que eu assumi compromissos com as mulheres”, afirmou.

A presidenta exaltou a capacidade e a força da mulher brasileira e enumerou as principais conquistas de gênero realizadas em seu governo. No programa Bolsa Família, por exemplo, 93% dos cartões estão nos nomes das mulheres.

“Nós fizemos uma rede de proteção ampliada no sentido do acolhimento e do tratamento. São 1.104 unidades de atendimento em hospitais de referência, em delegacia e em vários órgãos, em que hoje atendemos a mulher vítima de violência”, exaltou Dilma.

Mulher – Para combater o tráfico de mulheres, o Governo Federal instalou nove centros de atendimento espalhados pela fronteira brasileira, principalmente nos locais considerados mais críticos. Outras 54 unidades móveis em todos os estados brasileiros fazem atendimento contra a violência à mulher. A Casa da Mulher Brasileira virá para somar ainda mais nesse processo de tolerância zero do Governo Federal.

No caso do Minha Casa Minha Vida, na faixa até R$ 1.600 mensais de renda, que é a que tem maior carência de habitações, mais da metade das escrituras está em nome de mulheres.

No Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), 59% dos matriculados são mulheres, jovem e adultas, empreendedoras ou trabalhadoras. A força da mulher e sua vontade de melhorar de vida, aumentando a capacitação, está demonstrada nos dados quanto ao acesso à universidade.

“No ProUni (Programa Universidade para Todos) e no FIES (Fundo de Financiamento Estudantil), mais de 51% das pessoas que acessam bolsa ou tomam empréstimo são mulheres. Isso mostra a grande melhoria na capacidade da mulher no sentido de maior autonomia e menor discriminação e desigualdade”, lembrou Dilma.

A presidenta destacou, ainda, a evolução das mulheres no empreendedorismo. “Evoluímos muito no caso dos Microempreendedores Individuais. Hoje são mais de 9 milhões microempreendedores individuais, micro e pequenos, um crescimento extraordinário. E 52% são mulheres”, afirmou. No caso do acesso ao crédito para os Microempreendedores Individuais (MEI), 62% são destinados a mulheres, segundo a presidenta “com as menores inadimplências”.

Pronaf – Na área rural o Governo Federal realizou uma grande campanha com o intuito de documentar um milhão de mulheres. “Vejam que tinha essa quantidade de mulheres que nunca tiveram documento civil, carteira de identidade, e portanto sem o documento principal da cidadania”, disse Dilma.

O Pronaf Mulher (Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar) tem uma cláusula no qual exige que 50% da assistência técnica na área rural, através do programa Anater, seja para mulher. “Dentro de uma pequena propriedade, é ela que faz a organização da agroindústria”, comentou a presidenta.