PT pede apuração de denúncias por benefício de rádio e jornal da família Neves

Partido enviou representações ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas e ao governo de Minas

O Partido dos Trabalhadores ingressou, nesta quinta-feira (16), com três representações judiciais contra o candidato Aécio Neves (PSDB). Os requerimentos pedem que seja explicada a destinação de verbas públicas do governo de Minas Gerais, durante a gestão tucana, para três emissoras de rádio e um jornal de propriedade da família de Aécio.

Denúncias feitas pela Agência PT de Notícias mostram que quando Aécio era governador, o estado de Minas gastou R$ 92 milhões por ano. E mais, não há qualquer prestação de contas do valor repassado para cada veículo, inclusive, os repasses para três rádios de propriedade de familiares de Aécio – Arco-Íris, João Del Rey e Colonial – e ao jornal Gazeta de São João Del Rey.

Ao Ministério Público Estadual de Minas Gerais, o PT pediu a instauração de procedimento administrativo para apurar a existência de atos de improbidade que beneficiaram as empresas da família do candidato e ex-governador do estado.

Caso sejam comprovadas as práticas irregulares, o partido pede ainda que o órgão tome as providências cabíveis para apontar os responsáveis e encaminhar as denúncias à Procuradoria-Geral da República.

Outra representação pede que o Tribunal de Contas de Minas instaure inspeção e auditoria para apurar as denúncias de irregularidades nas despesas efetuadas, entre 2003 e 2010, com publicidade pelo governo estadual.

O PT enviou ainda um Pedido de Acesso à Informações Públicas ao atual governador de Minas, Alberto Pinto Coelho, para que sejam fornecidas as declarações de despesas com publicidade pagas os veículos de comunicação, inclusive as de propriedade familiar de Aécio.

O coordenador jurídico da campanha do PT, Flávio Caetano, avalia que é preciso adotar providências urgentes para que se apure as denúncias de beneficiamento ilegal de familiares de Aécio, para que seja “assegurada a total transparência das despesas públicas”.

Por Flávia Umpierre, da Agência PT de Notícias

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