Governo do PT negocia salário de professores de MG

Categoria passou seis anos sem ser recebida pelos governos estaduais do PSDB

Os professores da rede pública de Minas Gerais poderão receber pela primeira vez, desde 2008, o piso salarial da categoria. Caso seja confirmada, a conquista cessará o regime de arrocho que os profissionais sofreram durante o período em que o estado foi governado pelos tucanos Aécio Neves e Antonio Anastasia.

Após um longo período de portas fechadas, o diálogo com a categoria também foi finalmente retomado. No início da semana, a secretária de Educação do estado, Macaé Evaristo, recebeu o Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação (SindUte) para discutir as reivindicações da categoria.

“Essa é a primeira vez desde 2009 que somos recebidos. Foram anos em que governo de Minas não ouviu os professores nenhuma vez”, afirma a presidente do SindUte, Beatriz Cerqueira.

Segundo a dirigente, os professores eram pegos de surpresa com a publicação da resolução Quadro de Escola, que define as diretrizes a serem cumpridas pelas escolas e professores durante o ano. Isso ocorria, conta Beatriz, sem que a matéria fosse discutida antes com a categoria.

“Essa mudança de postura é bastante positiva. Houve uma abertura do diálogo, o estabelecimento de um processo de escuta e discussão periódicos, garantidos pela secretária”, explica. A próxima reunião está marcada para segunda-feira (20).

Nesta quarta-feira (14), conforme acordado, o governador Fernando Pimentel, do PT, nomeou a comissão responsável por discutir a adoção do piso nacional de R$ 1.917,78 para jornada existente na carreira do estado, de 24 horas/aula semanais, proposta levada pelo sindicato.

Além do piso, é discutida também a reconstrução da carreira dos profissionais da área. A secretaria tem 90 dias para apresentar o parecer com o resultado da avaliação da proposta.

Por Flávia Umpierre, da Agência PT de Notícias

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