Lula alerta líderes sindicais sobre riscos da crise política
“Trabalhadores não vão pagar a conta”, disse o ex-presidente
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com lideranças trabalhistas na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, na quarta-feira (15), para tratar do prolongamento da crise política sobre os trabalhadores. A mensagem de Lula aos sindicalistas foi um pedido de reação diante dos interesses daqueles que pretendem estender a crise política, para evitar que os trabalhadores paguem por ela.
“Trabalhadores não vão pagar a conta”, disse o ex-presidente, segundo o presidente do sindicato, Rafael Marques.
“Lula está preocupado com o que chamou de ‘vozes irresponsáveis e oportunistas’, que motivados por um sentimento de vingança, após terem sido derrotados nas últimas eleições, querem inviabilizar as ações do governo federal, que apontam para a retomada do crescimento no País”, relatou o sindicalista.
Marques ressaltou o interesse de alguns setores em prolongar a crise e criar um terceiro turno, sem a preocupação de o custo recair sobre os trabalhadores. De acordo com ele, é em momentos de crise que a desigualdade social se acentua e a concentração de renda aumenta na mão dos especuladores e das elites.
“A preocupação do companheiro Lula também é a nossa, como sindicalistas e representantes dos trabalhadores, já que estamos constatando um aumento nas demissões em vários setores econômicos”, afirmou marques.
Segundo o sindicalista, Lula afirmou que os ataques à democracia brasileira começaram depois da descoberta do pré-sal, avaliado em US$ 15 trilhões. Segundo Marques, é preciso defender a soberania do País e não permitir a mudança no regime de partilha dos royalties, destinados para a educação e para a saúde do povo brasileiro.
“A quem interessa o controle destas riquezas? A corrupção deve ser combatida sempre, mas o seu combate não pode ser usado para se cometer o maior assalto a este tesouro das nossas futuras gerações”, defendeu.
De acordo com Marques, Lula afirmou que a democracia está em risco por ações truculentas na Câmara dos Deputados. Segundo o ex-presidente, será necessário a unidade dos trabalhadores de todas as categorias para a retomada do crescimento econômico do País e defesa dos direitos conquistados com muita luta.
Participaram também da reunião o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freita, e o secretário-geral, Sérgio Nobre; a presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel de Azevedo Noronha; o presidente do Sindicato dos Químicos do ABC, Paulo Lage e a secretária-geral do Sindicato dos Bancários, Ivone Maria da Silva.
Da Redação da Agência PT de Notícias