Ministro diz que Brasil precisa atingir superávit primário de 2% do PIB
Para o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, disse também que a “promoção da pesquisa e desenvolvimento, da inovação tecnológica” será essencial para aumentar a produtividade
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Nelson Barbosa
O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, afirmou nesta quinta-feira (3) que o Brasil precisa atingir um superávit primário de 2% do Produto Interno Bruto (PIB). A meta, argumentou, é essencial para manter a estabilidade fiscal do País. O superávit primário é a economia que o governo faz para pagar juros da dívida pública.
“Segundo as nossas estimativas, o Brasil precisa convergir ao chamado resultado fiscal primário de cerca de 2% do PIB. Hoje, infelizmente, nós temos um déficit primário. Precisamos convergir para 2% do PIB para manter a estabilidade fiscal e condições normais de taxa de juros e taxas de crescimento”, explicou durante o Seminário o Papel do Estado no Século 21, em Brasília (DF).
Barbosa apontou como solução uma revisão sobre as escolhas da sociedade e quais serviços e atividades o Estado deve prover e como devem ser financiadas. “Hoje no Brasil estamos em um esforço fiscal de recuperar a capacidade do governo, consistente com a estabilidade da dívida pública. Envolve vários esforços do lado da receita e da despesa”, disse.
No fim do ano passado, o governo fixou a meta de superávit primário em 1,2% do PIB para 2015 e de 2% do PIB em 2016 e 2017.
Na última segunda-feira (31), a equipe econômica entregou ao Congresso Nacional a proposta do Orçamento Geral da União para 2016, com previsão de déficit primário de R$ 30,5 bilhões, o que corresponde a 0,5% do PIB do país.
Para o ministro, é preciso avançar ainda mais com a melhoria na oferta de serviços públicos de qualidade, como educação, saúde, segurança e transporte público, em um grande esforço entre governadores, prefeitos e União. “A presidenta Dilma fez esforços e isso está dando resultado. Estudantes brasileiros tiveram as primeiras colocações em competições. Educação não é só um meio para aumentar a produtividade, mas aumentar a democracia”, disse.
O ministro disse também que a “promoção da pesquisa e desenvolvimento, da inovação tecnológica” será essencial para aumentar a produtividade. Para isto, defendeu Barbosa, é preciso aumentar a taxa de investimento do país para melhoria da infraestrutura e simplificar a estrutura tributária do país.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da “Agência Brasil”
