Rui Falcão fala sobre Delcídio e João Santana

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, contestou qualquer relação entre o pedido de prisão do publicitário João Santana, investigado pela Operação Lava Jato, com o Partido dos Trabalhadores. “(A operação) não diz nada em relação ao PT”, declarou, nesta segunda-feira (22), em entrevista à imprensa, na sede nacional do partido, em Brasília (DF).

Santana teve a prisão temporária decretada nesta segunda, como parte de nova fase da Operação Lava Jato. A Política Federal investiga contratos do publicitário com a empresa Odebrecht no exterior.

O dirigente reforçou também a legalidade das doações eleitorais recebidas pelo partido e afirmou que o PT não possui “marqueteiro”, apenas contrata profissionais para prestar serviços pontuais.

“Todas as nossas doações de campanha são feitas legalmente, através de transações bancárias e declaradas à Justiça Eleitoral. E as nossas doações foram muito semelhantes, em valores e em doadores, às campanhas do PSDB”, declarou.

Delcídio – Questionado sobre o futuro no partido do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), Rui Falcão disse que a legenda irá decidir sobre a permanência e possíveis penalidades implicadas a ele na próxima sexta-feira (26), durante a reunião do Diretório Nacional do partido, no Rio de Janeiro (RJ).

Segundo o dirigente, caso o Diretório convalide a decisão da Executiva, do último dia 4 de dezembro, que determinou a suspensão de Delcídio por 60 dias, será criada uma comissão para irá notificar o senador e dar o prazo de 10 dias para ele apresentar defesa.

“Com isso, na próxima reunião do diretório, o que essa comissão propuser vai a voto no Diretório Nacional. Enquanto isso, a suspensão dele será prorrogada”, explicou. Posteriormente, o que essa comissão decidir irá à votação na reunião seguinte do Diretório Nacional, ainda sem data estabelecida.

Por Flávia Umpierre, da Agência PT de Notícias