Petistas ocupam a tribuna da Câmara contra o golpe
Afonso Florence, Paulo Teixeira, Benedita da Silva, Arlindo Chinaglia estão entre os deputados que subiram à tribuna para condenar o impeachment
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Plenário da Câmara dos Deputados antes do inicio da discussão do relatório do Impeachment (Antônio Cruz/Agência Brasil)
Diversos deputados petistas ocuparam, desde o início da manhã desta sexta-feira (15), a tribuna da Câmara dos Deputados para discursar contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff e contra o golpe. Para o líder do PT na Casa, Afonso Florence (BA), o vice-presidente Michel Temer é o responsável pela articulação contra a presidenta Dilma.
“Pesquisa recente da Vox Populi mostra que 58% da população brasileira hoje já é contra o impeachment. A consciência brasileira está do lado certo”, disse, ao lembrar que os que defendem o “impeachment hoje são os mesmo que defenderam a ditadura militar”.
Na avaliação do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), o Brasil vive, atualmente, um “golpe parlamentar”. “A oposição quer voltar ao poder a partir de uma conspiração”, analisou. “Pedaladas fiscais não são operação de crédito e não configuram crime. Não há o termo pedaladas no ordenamento jurídico brasileiro”, completou.
Benedita da Silva (PT-RJ) também saiu em defesa da presidenta Dilma, pediu que a Câmara não rasgue a Constituição e relembrou as conquistas do povo brasileiro nos últimos anos com os governos do PT na Presidência da República. “As coisas no País só pioraram porque foi criada uma crise política no Congresso Nacional. Preferiram fazer essa disputa política mesquinha, para evitar que trabalhadores e trabalhadoras tivessem conquistas”, disse.
O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) reforçou, na tribuna, que Dilma não cometeu nenhum crime de responsabilidade e, por isso, ela não deve ser afastada. “É de rotina, é legal. Outros presidentes também fizeram”, disse, sobre o termo “pedalada fiscal”, utilizando pela oposição.
“Isso é uma tentativa de cassar o voto de 55 milhões de brasileiros”, disse, ao lembrar que os apoiadores do impeachment têm vínculo com a ditadura.
O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) lembrou que o ex-presidente Lula está em Brasília, na articulação para a conquista dos votos necessários para barrar o golpe do “triunvirato do mal”, e que há mais gente nas ruas em defesa da democracia. “Tem mais gente nas ruas contra o golpe do que a favor dos que trabalham para rasgar a constituição”, afirmou. “Não estamos derrotados, não.”
Da Redação da Agência PT de Notícias
