A imprensa praticamente perdeu o sentido, critica Jorge Furtado

Para o diretor e roteirista, os jornais são basicamente iguais e deixaram de ser governistas somente depois que Lula ascendeu ao poder

Foto: EBC

O diretor e roteirista premiado Jorge Furtado criticou a imprensa brasileira, cujas “manchetes parecem as mesmas”. Em entrevista à TV Carta, da Carta Capital, Furtado declarou que, com a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os veículos brasileiros mudaram radicalmente de posicionamento político.

“Eles foram governistas na ditadura, no Sarney, com Tancredo, criaram o Collor, foram totalmente governistas com Fernando Henrique e descobriram Millôr Fernandes e a frase ‘imprensa é oposição’ quando Lula chegou no governo”, analisou.

Para Furtado, a opção pela pauta unificada fez com que os jornais “abrissem mão de fazer jornalismo muitas vezes para fazer política diretamente”. Como resultado, uma série de blogs e sites alternativos, de defesa do governo surgiram. “Ficou um negócio meio extremado. A única maneira é se informar em vários veículos, não tem jeito”, criticou.

A imprensa, na avaliação dele, perdeu o sentido. “É impossível acreditar se não checar duas três vezes, em três, quatro fontes diferentes”. Ele citou como exemplo a falta de informação consistente de quem se informa apenas por manchetes e falam sobre “impeachment e roubalheira” como se fossem reais.

O diretor falou também sobre a importância do jornalista em meio ao excesso de informações equivocadas disponíveis em redes sociais e pelas agressões públicas a quem se posiciona pró-governo.

Confira a entrevista, na íntegra.

Por Cristina Sena, com informações da TV Carta

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