“Agosto Dourado” reforça importância do aleitamento materno

No mês mundial do aleitamento materno, chamado “Agosto Dourado”, a presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, destaca que a data, além de estimular o aleitamento, chama a atenção para as dificuldades enfrentadas pela mãe trabalhadora diante da ofensiva moralista e retrógrada contra esta prática.

“Mesmo com todos os benefícios, a prática de amamentar os filhos em espaços públicos ainda é vista com restrição por parte da sociedade. Precisamos quebrar esse tabu”, afirma.

Para a senadora, “amamentar é um direito da criança, é um ato de amor entre a mãe e o filho e é inadmissível que as mulheres continuem sendo alvo de preconceito ou vergonha”.

Além de um direito, a amamentação é fundamental para o bom desenvolvimento do bebê. Segundo Alexandre Padilha, vice-presidente do PT e ministro da Saúde de Dilma Rousseff, o aleitamento materno é o “leite adequado para o bebê, para o seu bom desenvolvimento e proteção”.

Padilha explica que o leite materno funciona como uma vacina para o recém-nascido e é fundamental para a redução da mortalidade infantil.

“É o melhor alimento para proteção. É como se fosse uma vacina contra várias doenças que o bebê ainda não teve contato. A mãe passa essa proteção justamente por ser um adulto que já teve contato com outras doenças”, diz.

Assim como a presidenta do PT, Padilha também se preocupa com os cortes nos direitos trabalhistas propostos pelo golpista Michel Temer, já que as mulheres são muito afetadas com as reformas.

“Esses cortes são muito preocupantes, porque significam mais dificuldades para as mulheres exercerem esse ato de amor. Na medida que se coloca gestantes em ambientes insalubres, contratos de trabalhos intermitentes, enfraquecimento da capacidade das trabalhadoras negociarem com o seu patrão, colocam em risco o direito das mulheres de amamentar”, afirma.

Padilha ainda lembra a lei sancionada durante a gestão do prefeito de São Paulo Fernando Haddad, em 2015, que garantiu a amamentação em qualquer local fechado ou aberto, destinado à atividade de comércio, cultural, recreativa ou prestação de serviço público ou privado da capital paulista.

“Permitir o aleitamento em lugar público significa permitir que as mulheres ocupem o seu espaço, porque tem a ver com o corpo delas e com sua relação com os filhos. É um ato de cuidado, proteção e troca de amor entre a mãe e o filho”, diz.

Jéssica Oliveira, 28, mãe de três filhos, concorda com o vice-presidente e conta que amamentou os seus três filhos durante o período máximo possível.

“Participei do ato de mamaço em Tiradentes há uns dois anos. Foi muito interessante e o evento reuniu muitas mães e crianças. Eu levei os meus três filhos: Miguel, Pedro e Ariel. Sempre achei muito importante a amamentação. Tentei amamentar o máximo. O Pedro, meu filho mais velho, por exemplo, amamentei até três anos de idade. É o alimento mais fundamental para a criança”, afirma.

Da Redação da Agência PT de Notícias