Antecipação do 13º salário do INSS injeta R$ 17 bi na economia, estima Paim

Parlamentar destacou, em entrevista ao Jornal PT Brasil, os benefícios da medida para a vida dos brasileiros e o desenvolvimento do país

Reprodução/Site do PT

"Os aposentados e pensionistas, com uma antecipação dessa, vão colocar rapidamente na economia", afirma o senador do PT-RS

A antecipação do 13º salário para aposentados e pensionistas, anunciado pelo governo do presidente Lula, terá impacto de R$ 17 bilhões na economia e se soma a outras políticas voltadas à garantia dos direitos essenciais dos cidadãos e ao desenvolvimento do país. A medida foi um dos temas abordados pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, Paulo Paim (PT-RS), durante entrevista ao Jornal PT Brasil, nesta sexta-feira (12).

“A antecipação do 13º salário para aposentados e pensionistas vai ter um impacto na economia de R$ 17 bilhões, o que significa: na mão de quem mais precisa, isso vai impulsionar o mercado interno, principalmente o comércio. Os aposentados e pensionistas, com uma antecipação dessa, vão colocar rapidamente na economia, pagando as suas contas e até mesmo tendo uma alimentação de mais qualidade”, destacou Paim, durante a entrevista.

Conforme o anúncio do governo, têm direito à antecipação aposentados, pensionistas e segurados do INSS que recebem o auxílio-doença, auxílio-acidente, salário-maternidade, auxílio-reclusão e pensão por morte – 30 milhões de brasileiros, ao todo. A primeira das duas parcelas começa a ser paga ainda neste mês. “É um socorro neste momento tão difícil ainda. Nós estamos retomando, colocando o país de novo nos trilhos, para que as pessoas possam pagar suas dívidas, enfim, manter seus compromissos. Quem ganha pouco é que mais gosta de manter seus compromissos em dia. Eu sei como dói, como fica pesado na cabeça de cada um”, afimou o senador.

Paim acrescentou que o impacto dessa antecipação será sentido na economia da maioria dos municípios brasileiros. “Os pequenos municípios, com esse investimento, aumentam a arrecadação, e, com isso, todos ganham. Ganha, inclusive, o empresariado. Porque se você tem dinheiro para comprar, ele, naturalmente, vai poder produzir, inclusive, mais em grande escala. Foi uma bela de uma notícia essa antecipação do 13º salário, que é mais um gesto para combater a fome, a miséria do povo brasileiro”, disse.

O parlamentar destacou que essa política está ao lado de outras destinadas a reduzir as desigualdades sociais e a fortalecer a economia, como o novo Bolsa Família, a equiparação salarial entre homens e mulheres e garantia de aumento real do salário mínimo, que foi interrompida durante os governos de Michel Temer (MDB) e de Jair Bolsonaro (PL).

Queda das juros para país crescer

Ao mesmo tempo, Paim afirmou, durante a entrevista, que o impacto dessas medidas será ainda mais forte se o Banco Central (BC), finalmente, concordar em reduzir a taxa de juros, que é de 13,75% desde setembro de 2022, a mais alta do mundo. O índice tem sido alvo frequente de críticas do presidente Lula, de ministros do governo e até do empresariado.

“Nós temos a maior taxa de juros do mundo. Como é que você, com uma taxa de juros desse porte, vai fazer com que as pessoas possam investir, possam comprar, possam financiar, por exemplo, eletrodomésticos? Como é que vão poder garantir qualidade de vida quando nem os empresários concordam com essa taxa de juros, porque eles também não podem investir. Calcule nós que temos que comprar no dia a dia, no mercado, no supermercado, numa loja, produtos básicos para a família. Então, é compromisso, sim, de todos nós”, ressaltou o parlamentar.

Durante a entrevista, Paim elogiou a iniciativa do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de realizar, no fim de abril, uma sessão de debates temáticos, no plenário da Casa, com o tema “Juros, Inflação e Crescimento”, que discutiu meios para a efetivação da redução da taxa básica de juros. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, estava presente.

“Quero cumprimentar aqui, por uma fala muito importante do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que estava no debate, que teve a participação do presidente do Banco Central, onde ele faz um apelo: ‘Não dá, com essa taxa de juros, não tem como o país se desenvolver, crescer, gerar empregos, gerar renda, combater a miséria; não dá, tem que diminuir essa taxa de juros. Uma posição muito firme do presidente do Senado, e eu quero aqui dizer, o qual tem nos ajudado muito aqui nas políticas humanitárias”, afirmou Paim.

Da Redação

Tópicos:

LEIA TAMBÉM:

Mais notícias

PT Cast