Anular impeachment não é brincar de democracia, diz Maranhão

“Temos consciência do momento delicado, temos o dever de salvar a democracia”, afirma presidente da Câmara dos Deputados

Foto: Gustavo Lima/ Câmara dos Deputados

Em pronunciamento realizado nesta segunda-feira (9), o presidente da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), defendeu sua decisão de anular o processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff e disse que não está “brincando de democracia”.

O presidente da Câmara ressaltou que sua decisão seguiu o regimento da Câmara. “Quero me dirigir ao povo brasileiro e a este parlamento. Tomamos a decisão de encaminharmos o Senado do acolhimento em parte do que a AGU trouxe à nossa casa”, afirmou.

“Foi com base na Constituição e nos regimentos, para que nós possamos corrigir em tempo vícios que certamente poderão ser insanáveis no futuro. Temos consciência do momento delicado, momento em que temos o dever de salvar a democracia. Não estamos e não estaremos em nenhum momento brincando de fazer democracia.”

A declaração de Maranhão é uma resposta o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que, mais cedo, ao decidir pela continuidade do processo no Senado, classificou a decisão de Maranhão de uma “brincadeira com a democracia”. “Aceitar seria ficar comprometido com o atraso do processo. Não cabe ao presidente do Senado dizer que um processo é justo ou injusto”, afirmou Renan.

Maranhão falou por poucos minutos, destacou sua biografia de formação humilde e em escola pública e reafirmou a decisão de aceitar parte do recurso da Advocacia-Geral da União, anulando as sessões da Câmara dos dias 15, 16 e 17 de abril, incluindo a votação da admissibilidade do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Nosso país tem salvação, pela democracia, pelo debate e pelo combate”, afirmou.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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