Apenas voto popular pode tirar País da crise, defende Gleisi

Para a senadora, Temer não tem legitimidade para governar e não está conseguindo reverter o quadro de crise no qual o Brasil se encontra

Waldemir Barreto/Agência Senado
6º Congresso Nacional do PT

Senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), nova líder do PT no Senado

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) avalia estar “insustentável o País ser governado” pelo usurpador Michel Temer. Para ela, o golpista é “alguém que, além de não ter legitimidade, não está conseguindo reverter o quadro de crise”.

Por isso, a petista considera que apenas o voto popular tem condições de legitimar e tirar o País dessa crise.

No entanto, a senadora defende uma grande composição das forças políticas, além do ativismo, para antecipar as eleições gerais diretas de 2018.

“Portanto, nós temos que trabalhar para aprovar uma alteração na Constituição, antecipando as eleições de 2018 para 2017. Eleições gerais e diretas”, afirma Hoffmann.

Além das ‘Diretas Já’, a senadora também destaca outra pauta de resistência prioritária para 2017: a luta contra a agenda de retrocessos, a exemplo da Reforma da Previdência.

“Nós temos que esclarecer muito à população, fazer a discussão. Acho que a Reforma da Previdência é algo que as pessoas têm condições de compreender com mais facilidade, está no dia a dia delas. A gente já sente que há um temor em relação a isso, uma contrariedade”, aponta.

Gleisi destaca que o papel do parlamentar é esclarecer o que o governo pretende impor com essas pautas, sem esquecer a mobilização na sociedade.

“Ajudar os movimentos sociais, o movimento das pessoas para irem às ruas, para a gente barrar tanto a reforma da Previdência como a reforma trabalhista, que são muito perversas à maioria do povo”.

Somada às pautas de resistência, a senadora também enumera as agendas propositivas prioritárias que os senadores petistas devem se dedicar esse ano.

“Nós vamos fazer ainda um planejamento da bancada do Senado, mas eu acredito que devem ser pautas que tenham a ver com a melhora da economia e da vida da população”, afirma.

Entre essas pautas estão a regulamentação do sistema financeiro com a limitação de taxas de juros; o duplo mandato do Banco Central, que significa passar a se preocupar não só em controlar a inflação, mas também em controlar o desemprego; e a justiça tributária, colocando maior carga tributária em lucros, dividendos e ganhos de capital, e exonerando consumo e trabalho.

“A limitação das taxas de juros tem um aspecto positivo na questão do crédito, da melhoria de acesso das pessoas a recursos, a dinheiro, tanto pessoa jurídica como pessoa física”, explica Gleisi.

VI Congresso do PT

A expectativa da senadora petista para o VI Congresso Nacional do PT é que o partido consiga uma unidade forte para enfrentar as pautas difíceis e reconstituir o PT.

“Isso vai requerer do partido uma posição de muita responsabilidade e de muita maturidade. E acho que o Congresso também vai servir para a gente fazer uma avaliação dos erros que nós cometemos. Não é uma coisa para ficar se autoflagelando, mas saber que cometemos erros, corrigir os rumos e seguir em frente”, avalia.

Por Luana Spinillo, da Agência PT de Notícias

Tópicos:

LEIA TAMBÉM:

Mais notícias

PT Cast