Apesar de maioria nas universidades, mulheres não coordenam estudos científicos

No Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, o Brasil comemora a equidade de gênero no mundo científico, mas ainda encontra dificuldades de alcançar igualdade em cargos de chefia

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Mulheres são maioria nas universidades, mas não coordenam estudos científicos

Nesta segunda-feira (11) celebra-se o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, e o Brasil tem um ponto a se comemorar, é um dos países com maior equidade de gênero no mundo científico. De acordo com levantamentos feitos pelo site “Mulheres na Ciência”, elas assinam cada vez mais artigos, além de terem ampliado seu registro de patentes e parcerias internacionais, mas apesar disso, infelizmente, ainda existe um longo caminho para alcançar a igualdade em cargos de chefia do ramo, segundo noticiou O Globo.

Um relatório de 2017 publicado pela consultoria holandesa Elsevier, analisou mais de 5,5 milhões de estudos que mostravam como a distribuição feminina na ciência é desequilibrada. As mulheres são pelo menos 40% do grupo das áreas de Humanas e Biológicas, mas quando se trata da área de Exatas, que abrange carreiras como Engenharia, Matemática e Física, elas são menos de 25%.

A pesquisadora da Diretoria de Desenvolvimento Científico do Museu do Amanhã, Meghie Rodrigues, afirmou em entrevista ao Globo que “há um preconceito arraigado sobre o que é “profissão de homem” e “profissão de mulher”. De fato, a participação das mulheres nas engenharias é muito pequena, realmente vergonhosa, mas a academia está cada vez mais engajada em debater esta representatividade”.

As mulheres são maioria como ingressantes na universidade (57%), porém no corpo docente os homens são a maior parte (54%), além de possuir mais bolsas de pesquisa (64%).

A presidenta emérita da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Helena Nader, explicou para o Globo que uma das causas desses números é o fato das “mulheres terem filhos e, por isso, se afastam da profissão. A segregação é enorme, porque ela é vista como a responsável por tomar conta da casa”.

O relatório da Elsevier mostra que as mulheres muitas vezes também são responsáveis pelo cuidado de membros da família e por isso recebem menos convites para participar de conferências no exterior e pesquisas internacionais.

Da Redação da Secretaria Nacional de Mulheres do PT com informações do Globo

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