Assista ao depoimento do revendo Amilton de Paula na CPI da Covid
Pastor que serviu de intermediador da suspeita negociação de vacinas entre o Ministério da Saúde e a americana Davati fala aos senadores nesta terça-feira
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A CPI da Covid retoma os trabalhos, nesta terça-feira (3), após o recesso parlamentar, tomando o depoimento de uma pessoa que tem muito a explicar sobre o esquema de corrupção do governo Bolsonaro envolvendo a compra de vacinas: o reverendo Amilton de Paula. Criador da entidade privada Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), o pastor atuou como intermediário na suspeitíssima negociação de doses da Astrazeneca oferecidas pela empresa americana Davati ao Ministério da Saúde.
Com a volta da CPI, a tvPT também retoma a cobertura ao vivo dos trabalhos dos senadores. Nesta terça-feira, a programação começa às 9h e contará, além da transmissão ao vivo do depoimento de Amilton, com comentários e análises de especialistas e parlamentares do Partido dos Trabalhadores. Para assistir, basta clicar no vídeo abaixo.
Reverendo da igreja batista e ex-cabo do Exército, Amilton recebeu autorização do ministério para negociar com a Davati a compra de 400 milhões de doses da vacina Astrazeneca. A autorização, comprovada por e-mails já de posse da CPI, foi dada apesar de nem a Davati nem a Senah serem representantes da fabricante inglesa de imunizantes. Senadores estão convencidos de que só houve interesse na oferta porque ela passaria por intermediários. O uso de atravessadores foi, ao que tudo indica, o principal meio usado pelo governo Bolsonaro para tentar desviar recursos ao comprar vacinas.
Airton tem bom trânsito entre bolsonaristas e, segundo mostram mensagens de celular, ele tinha acesso direto a Jair Bolsonaro, com o qual teria discutido a oferta das vacinas. Além disso, o nome do reverendo ajuda a ligar o escândalo da vacina ao esquema de disparo de fake news utilizado por Bolsonaro. Isso porque o pastor foi levado a um encontro no Ministério da Saúde pelo coronel Helcio Bruno de Almeida, presidente da entidade Força Brasil, criada pelo empresário Otávio Fakhoury, investigado no inquérito das fake news aberto no Supremo Tribunal Federal (STF).
Da Redação
