Ato extremo chega ao 3º dia e médico faz avaliação de grevistas
Antes de novo protesto em frente ao STF, os grevistas, que pedem a liberdade de Lula, passaram por avaliações médicas com o Dr. Ronald Selle Wolff
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A greve de fome pela liberdade do ex-presidente Lula chegou ao terceiro dia, nesta quinta-feira (2). Antes de irem até a frente do Supremo Tribunal Federal (STF), os militantes passaram por uma avaliação médica com o Dr. Ronald Selle Wolff.
“Como médicos, precisamos preservar a saúde orgânica, física e emocional. Estamos os monitorando de forma laboratorial e clínica, pois os primeiros dias são bastante delicados. Esse momento exige bastante cuidado, em especial com o emocional”, revelou o médico à Rede Brasil Atual.
Além de exigirem a soltura de Lula – preso político há 118 dias – os grevistas também buscam denunciar o sofrimento e o abandono dos mais pobres, sobretudo as pessoas em situação de rua, das periferias, os negros, indígenas, camponeses, sem-terra, assentados, quilombolas e desempregados, assim como o aumento da violência que ataca, sobretudo, mulheres, jovens, negros e LGBTs.
Rosas da Democracia
Ao chegarem no STF, os grevistas e os manifestantes solidários foram recebidos com rosas vermelhas, que traziam a mensagem ‘Pela Democracia, Por Lula Livre’. “Essa é uma iniciativa minha com companheiras de São Paulo, que todas as semanas vão em uma praça para confeccionar e ensinar a fazer as rosas, além de distribuir. Eu também me dispus a fazer aqui, assim como fizemos no fim de semana lá no Festival Lula Livre. São as rosas pela Democracia”, revelou Dora
Mesmo debilitado, o militante Luiz Gonzaga Gegê, da Central dos Movimentos Populares, fez questão de reafirmar a luta pela volta da democracia e pela soberania nacional. “Ninguém nesse país pode passar fome. Companheiros e companheiras na regiões mais distantes desse país não podem ser punidos pela miséria. Infelizmente estamos vivendo isso mais uma vez. Uma situação em que o Judiciário persegue os mais pobres.
Jaime Amorim, do MST de Pernambuco, disse que a greve de fome é uma das iniciativas que pedem liberdade a Lula e denuncia as desastrosas políticas de Temer, e lembrou da Caravana do Semiárido e da Marcha Nacional Lula Livre, que percorrerá, entre os dias 10 e 15, cerca de 50 quilômetros, partindo de diferentes estados até Brasília.
“A cada dia a gente tem mais certeza de que tomamos a decisão certa. A greve de fome não está desconectada. Ela está vinculada as outras formas de luta que estão ocorrendo no Brasil, como a Caravana e a Marcha Nacional. A greve de fome faz parte de um conjunto de ações que tem o mesmo objetivo: denunciar a fome e pedir a liberdade do ex-presidente Lula”, revelou Amorim.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Rede Brasil Atual