Atos contra Temer e em apoio a Lula vão aumentar, diz Rui Falcão

Para o presidente do PT, a perseguição a Lula não vai acabar com as mobilizações “Fora, Temer” e haverá sequência de atos em defesa do ex-presidente

Foto: Paulo Pinto/Agência PT

Reunidos em São Paulo na quinta (15) e na sexta-feira (16) em São Paulo, membros do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores aprovaram três decisões principais: candidatos petistas às prefeituras devem se manifestar contra a perseguição política e judicial a Lula; o PT convocará uma série de atos em solidariedade ao ex-presidente e, por meio de Congresso, haverá renovação da direção do partido.

É o que informou o presidente nacional do PT, Rui Falcão, em entrevista coletiva concedida após o encerramento do encontro partidário, nesta sexta.

Segundo Rui Falcão, parte da reunião foi usada para fazer análise de conjuntura política nacional e para prestar solidariedade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reunindo senadores, deputados e militantes do partido, além de membros do Diretório Nacional.

Rui Falcão afirmou que a insistência de oposicionistas na denúncia contra Lula, mesmo com a ausência de provas, não diminuirá a mobilização contra o governo usurpador de Michel Temer e pelas eleições diretas para Presidência.

Em sua avaliação, após o afastamento ilegítimo da presidenta eleita Dilma Rousseff, o alvo se tornou o ex-presidente.

“O golpe continuado tem objetivo de interditar o Lula, e, se for o caso, proscrever o PT e a esquerda. Isto já foi consolidado com o que eles consideravam o elo mais frágil, a presidenta Dilma”, afirmou.

Diretório Nacional divulgou uma nota oficial repudiado a postura do Ministério Público em relação a Lula, afirmando que está em curso uma perseguição política com três alvos principais: Dilma, Lula e o próprio Partido dos Trabalhadores.

Apesar da ausência de tropas nas ruas para garantir a continuidade do golpe, Rui Falcão recordou que muitos manifestantes têm sido vítima de violência policial ao protestar contra Temer e pelas diretas.

Em Brasília, contra o golpe (Foto: Lula Marques/Agência PT)

Em Brasília, contra o golpe (Foto: Lula Marques/Agência PT)

Orientações

Na entrevista, o presidente do partido também comentou as três decisões adotadas na reunião. O PT está orientando os candidatos às prefeituras nas capitais e nas cidades onde há segundo turno a lerem uma nota padrão para demonstrar solidariedade ao ex-presidente.

Os candidatos podem também adotar a iniciativa de fazer uma manifestação própria em relação a Lula.

Outra decisão é fazer uma sequência de atos em solidariedade a Lula. Segundo Rui Falcão, o PT convocará uma agenda para tratar especificamente do apoio ao ex-presidente, sem misturar com os protestos contra o golpe e pelas diretas já.

Os membros decidiram, ainda, que haverá uma renovação na direção do partido, que acontecerá por meio do 6º Congresso do PT, com realização prevista para dezembro de 2016.

Em 7 de outubro, haverá outra reunião entre membros do Diretório Nacional para discutir o Congresso e fazer um balanço do primeiro turno das eleições municipais.

O mandato da direção do PT vence em novembro de 2017. A antecipação aconteceu para auxiliar na transição de mandato e fazer preparação para as eleições de 2018. “Não pode fazer esquenta. A direção tem que entrar senhora da situação”, explicou.

Rui Falcão foi questionado sobre uma possível candidatura de Lula à Presidência em 2018. Afirmou que o nome do ex-presidente é querido e desejado por uma grande parcela da sociedade. Para evitar qualquer perseguição a outros políticos do PT, disse que não mencionará nenhum nome alternativo.

Por Daniella Cambaúva da Agência PT de Notícias

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