Barbárie na segurança: PM de Tarcísio mata mais um jovem negro

Homem foi abordado enquanto tentava consertar um carro e antes de ser morto foi agredido com socos e chutes

Divulgação/Redes Sociais

Imagens registradas por motoristas revelam a violência sofrida pelo jovem antes de ser morto.

Mais uma vez, no último sábado (15), a Polícia Militar de São Paulo, do governador Tarcísio de Feitas, agrediu e matou um jovem negro de apenas 26 anos, no decorrer de uma abordagem policial em uma via pública, em Barueri, município da região metropolitana de SP.

Testemunhas filmaram e encaminharam ao portal UOL o homem sendo segurado e agredido por dois PMs no meio da avenida. Nas imagens veiculadas pelo SP-1, da TV Globo, é possível notar que um dos policiais tentou imobilizar o jovem, enquanto outro o agredia com socos e chutes em suas costas e estômago.

Na calçada, outra gravação, divulgada pelo portal UOL, mostra o jovem sendo levantado pelos policiais antes de ser alvejado pelos tiros. O segundo policial dispara três vezes contra ele. A vítima foi identificada como Lucas Almeida Lima, de 26 anos.

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O Secretário de Segurança Pública de SP, Guilherme Derrite, não confirmou a identidade do rapaz baleado. Em um cenário de omissão de informações sobre o ocorrido, Derrite também não identificou os policiais responsáveis pela abordagem, apenas confirmou a ação, sem detalhar o que aconteceu de fato.

Em menos de dois anos da gestão Tarcísio de Freitas à frente do governo de SP, a violência policial é um dos principais destaques em seu governo. Em especial contra jovens negros e até mesmo mulheres. A filosofia Derrite de trabalho na segurança pública, precisamente nas áreas de periferias, parece mesmo ser “atirar primeiro e perguntar depois”.

Violência policial como método de atuação

Dados do monitoramento do Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp), do Ministério Público de SP (MP-SP) mostram que o número de mortes decorrentes de intervenção policial foi o maior em uma década. Entre 2023 e 2024 houve aumento de 65% nos casos de óbitos por ação policial, de 542 para 835.

A gestão assassina do Secretário Derrite, que utiliza a barbárie como método de ação de sua segurança pública, já é alvo de investigação por parte de órgãos públicos como o MP-SP, além de causar a revolta da população de São Paulo, em razão do aumento dos casos de violência e mortes que, não por coincidência, atinge prioritariamente a população pobre do estado sem que haja a devida apuração dos fatos e punição aos culpados.

O deputado federal Alencar Santana fez menção à ocorrência. Do plenário da Câmara Federal, em Brasília, ele denunciou a violência policial em São Paulo, e culpou a política de Segurança Pública levada adiante pelo governador paulista, Tarcísio de Freitas, e, seu Secretário de Segurança, Guilherme Derrite.

O jovem consertava a parte elétrica de um carro a pedido de um amigo, quando foi abordado pelos policiais. O boletim de ocorrência do caso aponta que a situação ocorreu na Avenida Petrobrás, próximo à Rodovia Castello Branco, no bairro Jardim Mutinga de Barueri, por volta das 17h15 de sábado.

Policiais relataram que acharam atitude do jovem “suspeita”, conforme o registro do caso. Em depoimento na delegacia, os PMs justificaram que o rapaz correu ao ver a viatura policial e resistiu à abordagem, entrando em luta corporal com os agentes.

O dono do veículo afirmou, porém, que Lucas apenas o ajudava com um problema no carro e que, ao ver a viatura, correu sem motivo aparente. Em depoimento na delegacia, o homem, que também não foi identificado, disse que o jovem “trabalhava normalmente e que não tinha nenhum tipo de envolvimento com o crime”.

Da Redação, com informações do Uol e TV Globo

 

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