Barraca da saúde atende de graça ao menos 100 pessoas por dia
Capitaneada pelo MST, a barraca oferece serviços de auriculoterapia e tratamentos com tinturas e pomadas de ervas, além de sessões de massoterapia
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Todos os dias pelo menos 100 pessoas são atendidas na barraca da saúde da Vigília Lula Livre. Capitaneada pelo MST, a barraca oferece serviços de auriculoterapia e tratamentos com tinturas e pomadas de ervas, além de sessões de massoterapia.
“Achei excelente. Passei pela massagem e tomei um chá de hibisco. Aliviou bastante”, disse Cátia Pereira depois de ser atendida por causa de uma dor de cabeça que a incomodava.
Cátia é nutricionista aposentada e veio sozinha de Joinville (SC) para apoiar Lula. “Tenho vivido muitas emoções nesses dias de luta, então estava tensa. Agora estou bem melhor”, contou. O contato com o pessoal da barraca da saúde foi bom também por possibilitar conhecer melhor o que é o MST, diz Cátia.
“Consolidei minha opinião sobre eles. São pessoas que se dedicam à produção de alimentos, muito conscientes, organizadas e prontas para ajudar”, afirmou.
Maria Natividade Lima atende na barraca da saúde todos os dias, das 9 às 17h. “Hoje estou tendo a oportunidade de fazer o que gosto”, disse. Há três anos ela se dedica a atender os companheiros nas mobilizações e no Assentamento do Contestado (Lapa/PR), depois de completar um curso promovido pelo Grupo de Saúde Popular do MST.
“A gente ouve as pessoas e vê o que precisa fazer”, explica Maria. “Também damos orientações simples, como beber dois litros de água por dia, cuidar da alimentação e não ficar muito tempo no sol”, completa.
A elaboração e aplicação das tinturas e pomadas de ervas medicinais fica por conta de Lina Fernandes de Moura, que vive no Assentamento Antônio Companheiro Tavares, em São Miguel do Igual (PR). “Sempre me interessei por ervas medicinais. Fiz o curso do Grupo de Saúde Popular e hoje preparo as tinturas com álcool de cereais. Me sinto muito bem fazendo isso”, diz.
As sessões de massoterapia na barraca da saúde são feitas por Walcir Santi, que não é do MST. “Sou servidor público. Vim visitar o acampamento (domingo retrasado), vi a barraca e perguntei se poderia ajudar. No mesmo dia comecei a massagear o pessoal do acampamento”, conta.
Pelo menos 20 pessoas por dia são atendidas por Walcir. “Esse povo está aqui lutando por mim, aguentando pressão da polícia e dos reacionários. O mínimo que posso fazer é aliviar as tensões deles é fortalecê-los com massoterapia”, afirma.
Por Luis Lomba, de Curitiba, para a Agência PT de Notícias