Movimento Negro leva seu apoio à Lula na Vigília em Curitiba

“Lula conhece as dificuldades, saiu da seca, levava marmita, dirigiu as maiores mobilizações operárias da América Latina”, diz militante

Joka Madruga/Agência PT

Edson França, da União de Negros e Negras pela Igualdade

O apoio do movimento negro na luta pela liberdade do presidente Lula soou forte na manhã desta quarta-feira na Vigília em Curitiba. Edson França, da União de Negros e Negras pela Igualdade (Unegro) fez um balanço dos avanços conquistados nos governos do PT e prometeu luta para libertar Lula é elegê-lo presidente da República.

Depois da fala dele, a poetisa Franciele Costacurta lançou seu livro ‘Poética Livre’ e declamou um poema sobre a solidariedade no acampamento Lula Livre. Em seguida, Kadosh Miranda interpretou um poema em homenagem a Marielle Franco, cujo assassinato completa hoje 40 dias, sem que ninguém tenha sido punido pelo crime

França fez um histórico dos avanços dos governos Lula na luta pela Igualdade no Brasil. “Lula tomou posse no dia 1º de janeiro e já no dia 6 sancionou lei incluindo a contribuição do povo negro na história do Brasil nos currículos escolares e livros didáticos”, lembrou.

A medida desagradou os reacionários, observou França. “Para alguns, ensinar sobre a África é só macumba” diz. Para confirmar a disposição de pelo menos reduzir as injustiças sociais, Lula criou o Ministério da Igualdade Racial, irritando a ainda mais os privilegiados.

“Lula conhece as dificuldades, saiu da seca, levava marmita, dirigiu as maiores mobilizações operárias da América Latina e chegou à Presidência. Por isso nossa indignação por vê-lo encarcerado”, disse França.

A prisão de Lula é o fim de um ciclo de entendimento do Brasil profundo e do atendimento das necessidades do povo, analisa França. “Vamos trabalhar para termos eleições com Lula candidato e vamos mostrar a opinião do movimento negro sobre o que está acontecendo”, disse.

França está na Vigília desde domingo. “Esse acampamento faz jus à resistência, não de forma passiva, mas de luta consciente”, afirmou

A militante Almira Maciel fechou o ato ressaltando a presença negra no Paraná, que é forte, a despeito das tentativas de inviabilização. “Existe a lenda que não existem negros aqui, mas estamos aqui desde o século 16, trabalhando e lutando”, afirmou.

Por Luis Lomba, de Curitiba, para a Agência PT de Notícias

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