BC de Bolsonaro: juro do rotativo do cartão bate 450%, recorde em 6 anos

Juro médio cobrado pelos bancos subiu 14,4 pontos percentuais entre março e abril, chegando a 447,7% anuais, o mais elevado desde 2017

Agência Brasil

Banco Central permite maior patamar do juro rotativo do cartão de crédito dos últimos seis anos. Foto: Agência Brasil

O impacto da política severa do Banco Central (BC), herança de Bolsonaro, prejudica significativamente brasileiros e brasileiras que utilizam o cartão de crédito. O juro médio cobrado no crédito rotativo pelos bancos subiu, atingindo, em abril, a maior taxa desde 2017: 447,7% ao ano.

A alta foi de 14,4 pontos percentuais no juro no rotativo do cartão, o mais caro do país, conforme anúncio do BC, nesta terça-feira, 30. Em março, o índice estava em 433,3%.

Como o cheque especial, o rotativo do cartão, é muito utilizado pelas famílias brasileiras em momentos de dificuldade. O juro parcelado do cartão de crédito também atingiu o maior valor da série, iniciada em 2011, e passou de 193,2% para 200,7% ao ano.

Para pessoas que utilizam esse recurso, em um ano, os juros do rotativo podem fazer com que a dívida aumente até cinco vezes mais. O arrocho monetário do Banco Central afeta 200 milhões de cartões de créditos ativos no país.

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Recursos livres para pessoa física

Outra alta divulgada pelo BC é referente às concessões de financiamentos com taxas de juros livres às famílias. Os recursos livres dos empréstimos são negociados entre bancos e tomadores. O aumento registrado foi de 0,3% no mês e de 13,9% em 12 meses, somando R$ 1,8 trilhão em abril.

O Banco Central justifica a elevação baseado nas operações do crédito pessoal não consignado, que cresceu 1,8%, do crédito pessoal consignado para trabalhadores do setor público (0,6%) e do crédito pessoal consignado para aposentados e pensionistas do INSS (0,9%).

Recursos livres para empresas

Para as empresas, o volume de crédito com recursos livres alcançou R$ 1,3 trilhão em abril, com retração mensal de 1% e expansão de 2,6% em 12 meses. Conforme o BC, o resultado reflete a queda das operações de desconto de duplicatas e outros recebíveis.

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Da Redação, com informações da Folha de S. Paulo

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