Bolsonaro empurrou 64 milhões de brasileiros e brasileiras para a inadimplência

Quatro em cada dez adultos brasileiros estão com o “nome sujo”, aponta pesquisa CNDL/SPC. “Cenário melhor, só em meados de 2023 e 2024”, comenta economista  

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Quem criou a situação, não tem condições de dar solução; a saída é com Lula, que tem propostas para isso. Imagem: Site do PT

De recorde em recorde, o crescimento do contingente de pessoas e famílias endividadas transforma o Brasil em um país de “nomes sujos”, onde quase quatro em dez adultos constam em listas de inadimplência de instituições financeiras. Sob a política econômica desastrosa de Jair Bolsonaro e seu “posto ipiranga” Paulo Guedes, já somos 64,25 milhões de brasileiros e brasileiras com o nome sujo em setembro.

Esse é o maior patamar em oito anos, desde o início da série histórica do levantamento conjunto da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Em um ano, a inadimplência cresceu 37,94%.

Entre os endividados, 61,18% têm débitos em atraso com bancos, 12,86% têm dívidas com o comércio e 10,51% já devem contas de consumo básico, como água e luz. A dívida média é de R$ 3.688,96, com atraso de três meses a um ano. Também em média, os devedores levam dez meses para limpar o nome. Como este portal apontou em agosto.

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“A dívida média vem crescendo. As famílias ainda sofrem os impactos ao longo do ano e não têm fôlego para colocar as contas em dia”, avalia no jornal O Globo Merula Borges, especialista em finanças da CNDL.

Mas Bolsonaro nunca se preocupou com o fôlego das famílias. Nem mesmo no auge da pandemia de Covid-19, quando insistiu com a campanha contra o “fique em casa, que a economia vem depois”, apenas para criar uma desculpa para o ciclo infernal de inflação de dois dígitos e juros mais altos do mundo que causou a quebra das famílias.

“O estrago no orçamento familiar já está feito”, analisa Fábio Bentes, economista sênior da Confederação Nacional do Comércio (CNC). “A puxada dos juros foi forte, saímos de um piso histórico para uma taxa muito alta. Combinada com a inflação, causa um impacto para as famílias honrarem seus compromissos, principalmente os mais pobres.”

Entre os mais pobres, o empréstimo consignado do Auxílio Brasil é uma arapuca financeira armada por Bolsonaro e Guedes que aprisionará as famílias em dívidas caras que elas terão que pagar mesmo se perderem o benefício. A maioria, aponta Paola Carvalho, diretora de Relações Institucionais da Rede Brasileira de Renda Básica (RBRB), usará o valor apenas para pagar contas em atraso, trocando uma dívida por outra.

“O governo sabia da alta demanda que teria do consignado, e deixou para as vésperas das eleições a contratação porque dá uma falsa sensação de alívio para as famílias”, comenta a economista. “As famílias estão contraindo uma dívida para sobreviver, o que vai ter impacto imediato, porque já na próxima parcela o auxílio vem com o desconto, e vai fazer falta. É um crédito sem orientação.”

“Não sobrou espaço para as famílias quitarem suas dívidas com a sobrecarga no orçamento”, lembra o assessor econômico da Fecomércio-SP, Guilherme Dietze. “Traço um cenário um pouco mais positivo, com um efeito mais significativo nas contas das famílias, só para meados de 2023 e 2024.” Mas isso, só se Luiz Inácio Lula da Silva confirmar no próximo dia 30 a vitória de 2 de outubro.

Da Redação

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