Brasileiros vão às ruas defender a democracia e cobrar punição para os golpistas
”A democracia deve ser defendida a todo momento, pois é o único caminho para a reconstrução do país”, disse Gleisi, em Salvador (BA)
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A defesa da democracia, a exigência de punição para os responsáveis pela tentativa de golpe de Estado e o repúdio à ditadura foram a tônica, neste sábado (23), das manifestações do Dia de Mobilização Nacional, realizadas em vários estados e no Distrito Federal.
Em Salvador (BA), a presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que a democracia deve ser defendida a todo momento, pois é o único caminho para a reconstrução do país. Disse também que as investigações sobre a trama golpista ocorrem dentro do devido processo legal e que todos os culpados devem ser punidos.
“Nós não queremos mais ditadura, nós não queremos mais golpe e o caminho da democracia é o caminho do povo brasileiro. Aliás, o povo brasileiro escolheu a democracia. Escolheu a democracia quando elegeu Luiz Inácio Lula presidente do Brasil. Escolheu a democracia porque é a democracia que nos permite avançar na reconstrução desse país”, disse Gleisi na manifestação, realizada no Pelourinho.
✊ Por todo o Brasil, com sol ou com chuva, a militância se reuniu no #23MSemAnistia.
🚩 Na luta #PelaDemocracia e por #DitaduraNuncaMais o ato reuniu a militância em Salvador, Fortaleza, São Paulo, Recife, Curitiba, Belo Horizonte e outras capitais! pic.twitter.com/nf7QeKvfjR
— PT Brasil (@ptbrasil) March 24, 2024
A presidenta do PT disse também que “ é a democracia que nos permite ter renda para o povo brasileiro, é a democracia que nos permite ter escola para o povo brasileiro, ter universidade livre, não é para que o povo brasileiro possa frequentar as nossas universidades e debater, democracia para que a gente possa avançar; a democracia é essencial”.
O Dia de Mobilização Nacional foi convocado pelos movimentos populares, incluindo as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Em Salvador, Gleisi esteve ao lado do presidente do PT no estado, Éden Valadares, da ministra de Ciência e Tecnologia e presidenta da Federação Brasil da Esperança, Luciana Santos, de lideranças dos movimentos populares, entre outros.
Além da defesa da democracia e de punição para os golpistas, os atos também condenaram o genocídio contra os palestinos e exigiram um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza.
O ato em defesa da democracia, realizado no Dia Nacional de Mobilização, neste sábado, 23, em Salvador, contou com líderes políticos, como a presidente nacional do PT, @gleisi, o presidente do PT Bahia, @edenvaladares, parlamentares e movimentos sociais. https://t.co/Qvjbx7oxzk
— PT Bahia (@ptbahia) March 23, 2024
Punição para todos os golpistas
Ainda durante o ato, Gleisi lembrou que a democracia brasileira esteve por um fio desde o início do governo passado, marcado por ataques de Jair Bolsonaro contra as instituições.
“O último governo que nós tivemos, o governo nefasto de Jair Bolsonaro, foi um governo que atacou sistematicamente a democracia brasileira. E não contentes com esse ataque, quando perderam a eleição para o Lula, vieram para a ofensiva e tentaram um golpe. Foi isso que eles tentaram”, disse a deputada.
Gleisi também repudiou o pedido de anistia de Bolsonaro e de outros golpistas e defendeu as investigações da Polícia Federal, atacadas pela extrema-direita.
“Nós temos o devido processo legal, para que esse devido processo legal seja o berço das investigações, e é isso que a gente quer. Porque, terminando as investigações, a gente vendo a responsabilidade, independa de quem for, se é militar, se é civil, se foi presidente da República, se é deputado, se é parlamentar, tem que ser responsabilizado e pagar pelos seus atos, seja qualquer a forma de pagamento, inclusive com a restrição de liberdade”, disse Gleisi.
A presidenta do PT afirmou ainda que Bolsonaro, o idealizador do golpe de Estado, “não pode ir para a rua querer a conciliação do Brasil, quando ele atentou contra isso, e quando ele atentou contra a estabilidade das instituições brasileiras, mas também de toda aquela política que nós tínhamos de construção do país”.
Gleisi também se manifestou nas redes sociais, após a manifestação. “Foi lindo estar em Salvador e presenciar tanta gente indo à luta! Nossa democracia foi agredida, ameaçada e esteve por um fio, mas juntos fomos mais fortes. Para acabar com isso de uma vez por todas, exigimos a punição aos golpistas! #SemAnistia”, disse.
Hoje é dia de manifestações pela democracia. É o início da jornada de memória do golpe de 64, pois lembrar é combater o golpismo de ontem e de hoje.
Ditadura NUNCA MAIS. #SemAnistiaA Porto Alegre que formou a nossa geração é a da Resistencia da Legalidade, da Campanha das… pic.twitter.com/1w8RAokGq1
— Maria do Rosário (@mariadorosario) March 23, 2024
Vigilância constante
O deputado Rogério Correia (PT-MG) participou do ato realizado em Belo Horizonte. Ele defendeu que os democratas brasileiros estejam em constante vigilância e que todos os golpistas sejam presos, pois continuam a conspirar contra o país, principalmente Bolsonaro.
“Precisamos ver na cadeia, não por vingança, mas para a defesa da democracia, Bolsonaro e toda sua turma. Essa justiça tem que ser feita. Não tenho dúvidas que Bolsonaro vai ser indiciado pela Polícia Federal, será denunciado pela Procuradoria Geral da República e será condenado pelo STF, e que não demore, porque Bolsonaro solto é sempre um risco de incentivo à ditaduras e autoritarismo no Brasil. Que seja vitoriosa a democracia, com a nossa força e com a nossa mobilização”.
Em Porto Alegre (RS), a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), lembrou o período sombrio da ditadura militar no Brasil e disse que o golpismo deve ser sempre combatido.
“Hoje é dia de manifestações pela democracia. É o início da jornada de memória do golpe de 64, pois lembrar é combater o golpismo de ontem e de hoje. Ditadura nunca mais. A Porto Alegre que formou a nossa geração é a da Resistência da Legalidade, da Campanha das Diretas, da Democracia Participativa. A cidade sempre disse não ao autoritarismo”, afirmou a parlamentar durante o ato.
Da Redação