Cadê o Queiroz? MP quer quebra de sigilo fiscal do ex-motorista de Flávio

Promotores não encontraram evidências de que o ex-assessor do filho de Bolsonaro negociava carros. Há quase um ano o povo pergunta onde foi parar o motorista da família

Reprodução Facebook

Queiroz e Flávio Bolsonaro

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) deve encaminhar em breve o pedido de quebra de sigilos fiscal e bancário de Flávio Bolsonaro (PSL) e do ex-motorista dele Fabrício Queiroz, de acordo com informações do jornal O Globo.

A justificativa é a de que os promotores não encontraram evidências que comprovem que a movimentação atípica de R$1,2 milhão na conta de Queiroz tem mesmo relação com a compra e venda de carros, como argumentou o ex-assessor em sua própria defesa.

De acordo com O Globo: “O MP só localizou no nome de Queiroz dois carros antigos. Um Ford Del Rey Belina marrom, modelo 1985-86, e um Voyage preto, modelo 2009-10. Não há registro de outros automóveis ou mesmo foram identificadas outras transações”.

Em fevereiro, Queiroz admitiu em depoimento ao MP que pegava parte dos salários de outros funcionários do gabinete de Flávio Bolsonaro e supostamente contratava, de forma ilegal, mais pessoas que trabalhariam fora da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Queiroz se comprometeu a entregar a lista desses funcionários ao MP. Já se passaram mais de dois meses, ele ainda não entregou nada e desapareceu.

Envolvimento com milícia

Outro foco da investigação, de acordo com O Globo, é o envolvimento de Queiroz com o miliciano Adriano Magalhães, o capitão Adriano. A mãe e a mulher do miliciano foram funcionárias do gabinete de Flávio, indicadas pelo ex-motorista. O MP quer investigar se existe uma ligação mais profunda de Queiroz com crime de lavagem de dinheiro e a milícia de Rio das Pedras.

Amizade de longa data

Fabrício Queiroz e a família Bolsonaro mantém laços de amizade há tempos. Jair Bolsonaro e o ex-assessor são parceiros desde a década de 1980. Os registros dos momentos de lazer que vivenciaram estão espalhados pelas redes sociais. Nos anos 2000, Queiroz passou, então, a trabalhar como motorista e segurança de Flávio Bolsonaro. Ele foi exonerado da função em outubro de 2018, período em que as primeira denúncias vieram à tona.

Flávio também empregou a filha de Queiroz em seu gabinete, entre 2007 e 2016. Ao ser exonerada em 2016, foi nomeada no gabinete de Jair, que na ocasião era deputado federal, em um intervalo de menos de uma semana. Márcia Aguiar e Evelyn Queiroz, esposa e outra filha do motorista, respectivamente, também foram funcionárias no gabinete de Flávio.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do O Globo

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