Centrais foram às ruas dizer “Nem que a Vaca Tussa” se toca na CLT

Centrais apoiaram a reeleição da presidenta Dilma, que garantiu manter os direitos previstos na CLT

As principais centrais sindicais fizeram ações em todo o país em defesa dos direitos trabalhistas, no movimento “Nem que a Vaca Tussa”, que nesta sexta-feira (26) em todo país. A frase faz referência à frase da presidenta Dilma, ao enfatizar que não vai mexer nos direitos trabalhistas.
 
 A Força Sindical começou às 5h. De acordo com o secretário geral do sindicato, João Carlos Gonçalves, o Juruna, as ações aconteceram na Ilha do Sapo e Estação Tamaduateí, na zona leste da capital paulista.
 
Os direitos dos trabalhadores, o combate à precarização do trabalho e a terceirização, defendida por Marina Silva (PSB), está entre as principais preocupações dos sindicalistas. “Ela falou em atualizar as leis trabalhistas e depois voltou atrás. É preocupante porque não fica claro o que ela quer dizer com essa ideia de atualizar”, disse Juruna.
 
Outra questão que, segundo Juruna, “deixa o movimento sindical com a pulga atrás da orelha” é o apoio da ex-senadora à terceirização. “Marina considera a medida fundamental para aumentar a produtividade das empresas. Mas, no Brasil, terceirização é sinônimo de precarização”, explicou. 
 
Para o sindicalista, o programa de Marina está “sob o manto de uma falsa liberdade sindical” e aponta para o fim das contribuições para a estrutura sindical e para a pulverização de sindicatos. 
 
“Quanto mais terceirização, menores são os salários, maior a exploração e mais entraves serão levantados contra a ação sindical. Em outras palavras: mais terceirização é menos direitos trabalhistas”, alerta.
 
Outro ponto que preocupa o sindicalista é o apoio do Banco Itaú à campanha da ex-senadora, expresso, sobretudo, em sua coordenadora de campanha, Neca Setúbal. “Marina sempre afirma que, antes de ser herdeira do Itaú, Neca é uma educadora. Porém, há fortes sinais da relação do banco com sua candidatura, que chegou a ser enaltecida pelo próprio presidente (do Itaú) em um evento social”.
 
“Não podemos deixar que uma pessoa com um pensamento elitizado assim tome o poder no Brasil e coloque em risco a manutenção dos avanços na infraestrutura social e econômica que vivemos nos últimos anos”. 
 
CUT – Também nas ações do “Nem que a Vaca Tussa”, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas , disse que o movimento mostra que os trabalhadores não vão permitir que mexam nos seus direitos. 
 
“Tanto a Marina quanto Aécio são ameaças graves aos direitos trabalhistas. O tucano tentou alterar a CLT, como presidente da Câmara, no governo FHC, por meio do projeto 618. Só não conseguiu porque a CUT foi para cima, pressionando os deputados”. 
 
Freitas também contesta Marina Silva sobre sua posição em defesa da independência do Banco Central. “Marina quer flexibilizar a legislação trabalhista e ainda vem com essa papo de autonomia do banco central, o que não é bom para trabalhadores. Ela quer criar um quarto poder”, alerta.
 
 “Não serão os trabalhadores que elegerão o presidente do banco central, mas sim os banqueiros que apoiam ela”, disse. “O único projeto decente para os trabalhadores é o de Dilma”. 
 
O presidente da CUT ressaltou a “caminhada da vitória”, do Teatro Municipal até a Praça do Patriarca, com presença de Alexandre Padilha (PT), candidato ao governo de São Paulo. “Estamos fazendo essa onda vermelha para mostrar que a militância do PT é que faz a diferença para empurrar Padilha para o segundo turno e fazer de Dilma presidenta, ainda no primeiro.”
 
 CTB – A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil  (CTB) também participa do movimento. “A direita e ultra-direita tentam vender nossos direitos, ao precarizar e extinguir a CLT”, disse Adilson Araújo, presidente da CTB. “Vai ser primordial fazer valer a valorização do trabalho. O único projeto que se aproxima dos anseios da classe é o encabeçado pela candidata à presidência Dilma Rousseff”.
 
Araújo disse que o movimento sindical e a classe trabalhadora sabem da importância do ciclo iniciado por Lula e Dilma, que possibilitou o ajuste salarial acima da inflação. “Sem contar que nós conseguimos efetivamente construir uma política de valorização do salario mínimo, que beneficia 40 milhões de trabalhadores”.
Por Aline Baeza e Camila Denes, da Agência PT de Notícias

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