Chinaglia: “Retirar direitos é usurpar a vida de milhões”

Em pronunciamento na Câmara, deputado criticou a retirada de direitos promovida pelo governo Temer, além do descaso com políticas de inclusão social

Gustavo Bezerra

Arlindo Chinaglia na Câmara dos Deputados em Brasília

O deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP) afirmou, durante pronunciamento no plenário da Câmara, na quarta-feira (7), que a usurpação de milhões de vidas no País está incluída no pacote de retirada de direitos promovido pelo governo ilegítimo de Michel Temer, seja por meio das reformas (trabalhista e da Previdência) ou pelo descaso com as políticas públicas de inclusão social.

O parlamentar disse ainda que “nenhum povo é eternamente derrotado” e que os direitos são fruto “de muita luta e de muita tragédia”. Ao citar um texto escrito pela juíza Raquel Domingues do Amaral, o parlamentar disse que os atuais direitos garantidos ao povo brasileiro pela Constituição de 1988 resultaram do sofrimento vivido por muito brasileiros.

“Ela diz a certa altura: para fazer sentido o aspecto da tragédia, da luta e das conquistas, é preciso assegurar direitos. Ela diz também que os governos que usurpam os direitos usurpam também milhões de vidas. Eu lanço mão deste texto porque há uma disputa entre o atual Congresso Nacional e o Executivo para ver quem mais agrada o mercado”, citou Chinaglia.

“Isso resulta num País onde não cabem os pobres. Aqui cinco pessoas, não são cinco empresas, cinco pessoas têm a mesma riqueza de 100 milhões de brasileiros”, alertou.

O parlamentar petista destacou ainda que essa desigualdade é um fator que gera a violência crescente em todo o país, que faz de jovens negros, pobres e da periferia as principais vítimas.

“Eu quero fazer uma referência aos índices de violência em nosso País. Nós sempre nos jactávamos que no Brasil não há guerras. Mas não vê os corpos quem não quer. Aqui morrem em média 170 pessoas por morte violenta a cada dia. É um Boeing que cai a cada dia. E parece que nós nos habituamos, ou seja, a nossa sociedade, aceita o inaceitável. E quem mais morre de morte violenta? Os pobres. Entre os pobres, os negros. E entre os pobres e os negros, os homens jovens”, observou.

E sobre os ataques aos direitos do povo que geram morte e violência, o petista fez um alerta: “Parem de tirar direitos. Nenhum povo é eternamente derrotado”, concluiu.

Por PT na Câmara

Tópicos:

LEIA TAMBÉM:

Mais notícias

PT Cast