Com 1 milhão de doentes, mundo luta para conter pandemia
Líder no ranking de infectados com mais de 237 mil casos, EUA vivem explosão da taxa de desemprego, com mais de 10 milhões de postos extintos em apenas duas semanas. Mortos já somam mais de 51 mil em todo o planeta
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A pandemia do coronavírus segue espalhando terror: o planeta bateu, nesta quinta-feira (02), a marca de um milhão de infectados pela doença e mais de 51 mil mortes. Enquanto líderes lutam para conter o avanço da doença no globo, nos Estados Unidos, país que lidera o ranking de infectados com mais de 235 mil pessoas atingidas, o índice de desemprego explodiu.
Segundo o jornal The New York Times, mais de 6,6 milhões de americanos engrossaram a fila do desemprego na semana passada. “Em apenas duas semanas, 10 milhões de empregos desapareceram, abalando as bases da economia global”, informa o diário americano. Analistas já temem o pior cenário: 20 milhões de desempregados, cerca de 15% da força de trabalho, poderiam quebrar a espinha dorsal da segunda maior economia do mundo e destruir os fundamentos da sociedade americana como a conhecemos.
De acordo com o Times, a velocidade e a escala das perdas de empregos não tem precedentes. Até março, o maior registro da fila de cadastro para recebimento de auxilio desemprego em solo americano ocorreu em 1982, com 695 mil trabalhadores requerentes de benefícios. Analistas já prevêem uma depressão mais severa do que a histórica Crise de 1929, que afundou a economia mundial.
Os Estados Unidos não estão sozinhos neste cenário de terra arrasada. Em apenas duas semanas, o Reino Unido recebeu pedidos de auxílio no departamento de assistência social de quase 1 milhão de pessoas. Na Áustria, apesar de todos os esforços do governo, a taxa de desocupação subiu 66% apenas em março, a maior alta desde a Segunda Guerra Mundial. França e Espanha também lutam para manter vivas suas economias.
O caso espanhol é particularmente dramático. Com a trágica marca de 110 mil infectados e mais de 10 mil mortos, de acordo com autoridades, o país já perdeu quase 900 mil postos de trabalho. O país já soma 3,5 milhões de desempregados. Relatório das Nações Unidas prevê que o desemprego vai atingir pelo menos 25 milhões de pessoas.
Na luta contra o relógio, a União Europeia anunciou a criação de um fundo de 100 bilhões de euros para combater o desemprego no continente. O programa possibilitará às empresas reduzirem o horário dos funcionários ao invés de dispensá-los, modelo adotado na Alemanha. Assim, trabalhadores receberão compensação por horas não trabalhadas.
“É a solidariedade em ação”, afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. “Nesta crise do coronavírus, apenas respostas fortes poderão ajudar”, declarou ela. As medidas ainda serão aprovadas pelos 27 países que compõem o bloco europeu.
Da Redação, com agências internacionais