Com Bolsonaro, construção civil desiste de 2019 e vê futuro incerto
Setor agoniza e empresários já admitem que ano deve fechar com mais um resultado negativo, acentuando a crise a partir do golpe; Lula gerou 5 milhões de empregos para segmento
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O aprofundamento da crise a partir do governo de Jair Bolsonaro (PSL) atingiu em cheio a construção civil, setor fundamental para a geração de empregos e pelo qual o presidente das fake news havia prometido investimentos pesados caso fosse eleito -em encontro durante a campanha, disse que não pouparia a“caneta presidencial” para salvar os empresários e construtoras que o apoiassem.
Nesta semana, a decepção com mais uma mentira propagada pelo governo veio em tom de tragédia: sem qualquer expectativas, as associações e entidades ligadas do segmento admitiram que não nutrem mais qualquer expectativa e que 2019 “acabou ano para a construção civil”, conforme revelou o jornal Folha de S. Paulo nesta sexta-feira (3).
A visão dos mais pessimistas é de que o setor tenha crescimento nulo durante o ano e nem mesmo os que esperavam algum lampejo de alta parecem acreditar que o cenário se altere diante do total fracasso da política econômica bolsonarista.
A avaliação tem como argumento o fato de o setor ter crescimento justamente conforme o aumento da renda da população, outro dado lastimável da atual gestão. Ano passado, a construção civil crescimento reduzido em 2,5% e foi o único recuo anual entre as atividades do PIB.
Outros tempos
Durante os governos do PT, a exemplo do que ocorreu em todas as áreas, a construção civil viveu o seu ápice. Só em obras de infraestrutura e de construção de edifícios, impulsionadas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Minha Casa Minha Vida, o número de empregos diretos gerados chegou a 5 milhões.
No último ano do governo Lula, em 2011, terminou o mandato com recorde na construção civil: crescimento de 11%, índice só alcançado no Plano Cruzado, em 1986. De lá até 2016, a média era de 1200 habitações entregues por dia. De cada 10 habitações entregues pelo programa, 6 eram destinadas à faixa 1 de renda, ou seja, às camadas mais pobres da população.
Da Redação da Agência PT de Notícias